O deputado federal Eduardo Cury (PSDB) afirmou em entrevista ao CBN Vale – 1ª Edição que o prefeito Felicio Ramuth (PSDB) “está corretíssimo” em propor uma indenização para que as famílias que residem no Banhado deixem o espaço que é considerado Área de Proteção Ambiental. A proposta terá investimento total de R$ 38 milhões e foi anunciada na última semana em coletiva.
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Com o dinheiro, as famílias que foram cadastradas em 2014 poderão construir em um terreno, comprar uma casa ou morar em outro local. A proposta prevê conceder um apartamento das ‘Torres da Argon’ às famílias que possuem padrões de acabamento em melhor qualidade no Banhado, além de manter a atividade de agricultura de subsistência na área.
Segundo Cury, cerca de 200 famílias haviam sido removidas durante seu mandato como prefeito, mas o local seguiu sendo invadido por falta de apoio do Poder Judiciário. Para ele, os moradores de bem são ‘iludidos e amedontrados’ pelo crime organizado, responsável por gerenciar toda a área do Jardim Nova Esperança.
COBRANÇA AO JUDICIÁRIO
O deputado afirmou que o juíz responsável por analisar o caso precisa “tomar uma decisão”, seja em prol da Prefeitura, ou do grupo que reivindica a permanência dos moradores na região do Banhado. Cury revelou, ainda, que durante a administração Emanuel Fernandes (PSDB), inúmeros moradores manifestaram interesse em sair da área, mas que não podiam tornar pública esta vontade, por represálias do crime organizado.
OUTRO LADO
Apesar da proposta, um grupo de moradores do Banhado foi até o Paço Municipal, em 5 de novembro, para se manifestar contra a Prefeitura de São José Campos. Uma das representantes do movimento ‘Banhado Resiste’ informou à CBN Vale que os “moradores da comunidade não estão sendo ouvidos pela gestão e que o Banhado só não é regularizado porque eles [a Prefeitura] querem retirar o pobre do centro da cidade e jogar lá nos cafundós, escondendo a pobreza”.
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