A Rádio CBN Vale entrevistou na manhã desta quarta-feira (26) o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, virtual candidato do PT (Partido dos Trabalhadores) às eleições de 2022.
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Entre os temas abordados na entrevista, Lula falou sobre uma possível participação da ex-presidente Dilma Rousseff em um eventual novo mandato do partido.
Lula comentou que respeita muito a trajetória da ex-presidente, mas que “o tempo passou”, “tem muita gente nova no pedaço” e disse que pretende montar um governo com muita gente nova e importante. O ex-presidente disse ainda que a única coisa que “Dilma erra” é justamente na política, já que para ele, a petista não tem paciência em lidar com a política.
O ex-presidente contou também como será sua relação com os partidos do Centrão, caso ele seja eleito para um novo mandato, e disse que o Congresso Nacional não pode tratar um presidente da república como se fosse um refém, da mesma forma que faz, segundo ele, com o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
Lula também falou sobre o crescimento do desemprego ainda no governo Dilma Rousseff, fez um “mea-culpa” sobre a política de desoneração emplacada no governo da colega de partido, mas que grande parte dos problemas começaram a surgir por interferência do presidente da Câmara dos Deputados à época, o ex-deputado federal Eduardo Cunha.
Segundo Lula, os problemas enfrentados por Dilma, começaram como as desonerações feitas em seu segundo mandato, na perspectiva de atrair novos empregos. Ele assumiu que o partido errou em muitas políticas de desonerações, mas que os problemas começaram a piorar por conta de Eduardo Cunha.
Para o ex-presidente, todos os projetos encaminhados por Dilma ao Congresso Nacional se transformavam em “pautas bomba”, já que Eduardo Cunha teria deixado de pautar muitas propostas enviadas para votação dos parlamentares.