Centro de Referência Afrobrasileira é inaugurado em São José

O secretário de Apoio Social ao Cidadão de São José dos Campos, Antero Baraldo, falou sobre as ações da pasta na cidade e também sobre a briga entre Prefeitura e Banhado.

centro de referencia afro sjc
(Foto: Adenir Britto/PMSJC)

No Mês da Consciência Negra, São José dos Campos ganhou o Centro de Referência Afrobrasileira, na última nesta sexta-feira (19). O espaço funcionará na Secretaria de Apoio Social ao Cidadão, na Rua Henrique Dias, 363, no bairro Monte Castelo.

O secretário de Apoio Social ao Cidadão de São José dos Campos, Antero Baraldo, contou que está muito feliz com o Centro de Referência que é dedicado as discussões afro-brasileiras e a eliminação da desigualdade racial no município. Antero contou que já há ações em andamento feitas no centro, como a exposição “Cansei” que passará por vários pontos da cidade, com obras da fotógrafa Larissa Isis, prestigiada e que já fez trabalhos na revista Vogue e Marie Clarie. Além de cursos de culinária afro em parceria com o SESI.

Centro de Referência Afrobrasileira

O secretário contou que um depoimento de uma pesquisadora do ITA, a primeira mulher negra a dar aula no instituto, foi marcante durante a inauguração do centro. Ela falou que “Hoje acabou a invisibilidade da população negra de São José dos Campos. A partir de agora, eles terão vez e voz não apenas em novembro, mas no ano inteiro”. Antero, falou que tem certeza que a partir de agora com a criação do centro a população negra terá mais visibilidade em São José dos Campos.

Banhado x Prefeitura

O secretário comentou que o serviço da Assistência Social durante a pandemia foi essencial para ajudar os mais vulneráveis. No entanto, na última semana uma equipe da Prefeitura foi hostilizada ao tentar fazer um serviço na comunidade do Banhado. Por fim, Antero reforçou que quando as equipes são impedidas de realizar seu trabalho, algum direito violado deixará de ser reestabelecido ou um benefício deixará de ser recebido.

O fato aconteceu durante uma solicitação do Conselho Tutelar sobre trabalho infantil no local. Por conta da ameaça, a Prefeitura solicitou a Justiça acompanhamento policial dos servidores até o Banhado, mas o pedido foi negado.

Ouça a reportagem de Julia Lopes: