Nesta quarta-feira (9), no programa CBN Vale 1ª Edição, o comentarista do quadro CBN Economia, José Joaquim Nascimento, falou sobre a taxa de câmbio e o regime cambial no Brasil.
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A taxa de câmbio é o principal preço das economias modernas e, o regime cambial determinado pelo Banco Central é um potencializador de problemas na Economia do Brasil. É tão relevante que é raro o dia em que a mídia impressa e televisa não comenta algo sobre a taxa de câmbio, assim como suas influências nas decisões das pessoas, empresas e governos.
No Brasil, o regime de câmbio flutuante existe desde 1999 e desde aquele ano, ele vem potencializando problemas diversos como ciclos longos de valorizações, desvalorizações bruscas, momentos de fortes volatilidade e, poucos períodos de estabilidades, que seria o ideal para a economia do País ser mais saudável, pelo menos para as pessoas e empresas atuantes no comércio externo.
Se considerarmos as medidas adotadas pelo Banco Central para regulação da taxa de câmbio e do controle da moeda, os problemas são diversos. Já assistimos medidas como: intervenções no mercado, operações de swaps de compra e de venda, controles sobre o fluxo de capitais e, até tributação sobre derivativos, como instrumentos úteis pra regular adequadamente o mercado de moedas estrangeiras.
Estes fatos relativos à taxa de câmbio, assim como às medidas adotadas pelo Banco Central do Brasil, intituladas de política cambial indicam que a gestão sobre a moeda estrangeira no Brasil é problemática e ainda não há instrumentos adequados de controles. Isto revela que é o nível ideal de preços da moeda estrangeira, assim como controlar a volatilidade da taxa, são questões que precisam ser enfrentadas com grande rigor técnico e científico, basicamente, porque estes fatos vêm afetando os negócios já realizados assim como o planejamento de médio e longo prazo.
Considerar normal que os agentes econômicos possam conviver pra sempre com a volatilidade da moeda estrangeira: altas e baixas constantes da taxa de câmbio e, remédios pouco eficazes para o controle deste mercado é ignorar a “guerra” que os gestores enfrentam pra minimizar os riscos diários de seus negócios e os prejuízos que ela gera para o País como um todo.