Suzane von Richthofen é autorizada pela Justiça a cursar Farmácia em faculdade de Taubaté

(Foto: André Vieira/Marie Claire)

Condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, Suzane Von Richthofen foi autorizada pela Justiça para cursar Farmácia em uma instituição de ensino superior de Taubaté. A solicitação para que a detenta ingressasse à faculdade foi formulado por suas advogadas, já que Suzane cumpre pena em regime semiaberto e obteve nota suficiente no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

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A decisão, do desembargador relator José Damião Pinheiro Machado Cogan, contemplou o pedido da defesa, protocolado em 12 de agosto, para que Suzane estude em uma das unidades da Faculdade Anhanguera na cidade, com saída da unidade prisional às 17h e retorno às 23h50. As aulas tiveram início em 16 de agosto.

Segundo o TJ, a Diretoria da Penitenciária Feminina 1, de Tremembé, concordou com relação à saída temporária de Suzane, e acatou o argumento da defesa de que ela apresenta ótimo comportamento carcerário. Apesar disso, o Ministério Público se manifestou contrário ao ingresso de Suzane ao ensino superior, “sob o argumento de que a segurança da paciente não poderia estar garantida”.

Ainda segundo o relator, “se o que a lei almeja é a reintegração social, não há razão para que a mesma [Suzane] fique sem frequentar a faculdade onde conseguiu matrícula e financiamento de seu curso”, e que outro motivo favorável ao início dos seus estudos é pelo fato de já ter sido aprovada anteriormente, além de não ter registrado nenhuma falta prisional em 19 anos de detenção.

Além desta aprovação recente e a aprovação de 2016, Suzane conseguiu uma vaga pelo Sisu no curso de Gestão de Turismo, no Instituto Federal de Campos do Jordão, em 2020, mas não foi autorizada pela Justiça para deixar o presídio. Em 2017, ela também foi aprovada para o curso de Administração em uma faculdade católica de Taubaté, mas não concluiu a matrícula.

A CBN Vale acionou a Faculdade Anhanguera, que em nota, disse que “oferece a todos tratamento igual, conforme determina a legislação brasileira”.