Em maio, a Santa Casa de São José dos Campos celebra 12 anos da realização do primeiro transplante de fígado no hospital, que é referência neste tipo de procedimento no Vale do Paraíba. Em mais de uma década, 352 pessoas ganharam nova vida após receberem o órgão.
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Segundo Dr. André Pereira, médico assistente do setor de transplantes e coordenador de captação de órgãos da Santa Casa, mesmo em maio à pandemia, o local é o primeiro do interior paulista com o maior número de procedimentos realizados em 2020, e o terceiro em todo o Estado, de acordo com o Sistema Estadual de Transplantes, da Secretaria de Estado da Saúde. No ano passado, foram realizados 51 transplantes na instituição filantrópica.(Ouça a reportagem ao final do texto)
Em dezembro, o hospital ampliou o serviço no setor e iniciou as consultas para transplante de rim. Os pacientes vêm encaminhados de outros serviços, através de indicação médica ou pela Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde). Na primeira consulta, o médico conhece toda a história clínica, verifica os exames já realizados e faz uma avaliação mais criteriosa. O paciente é acompanhado por equipe multidisciplinar, enquanto aguarda a oportunidade do transplante, que também é realizado na Santa Casa.
No país, a pandemia fez com que os transplantes caíssem 20% no Brasil, de acordo com a ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos). Segundo levantamento da entidade, de janeiro a dezembro passados, foram realizados 7.362 procedimentos. Em 2019, haviam sido 9.189 transplantes realizados ao longo do ano.
No local, durante a pandemia, o trabalho não tem sido muito fácil, já que houve queda no número de doações e de transplantados. Além disso, envolve todos desafios enfrentados por conta da Covid-19, como ocupação de leitos em seu limite. No entanto, o médico esclarece que, mesmo assim, o local vem realizando procedimentos.
A atuação da instituição na área de transplantes iniciou os primeiros passos em 2002 e a realização do primeiro procedimento ocorreu sete anos depois, após os profissionais receberem todo o treinamento necessário. Foram criados protocolos, sistematizando as cirurgias e preparando todas as pessoas envolvidas no transplante.
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