
Morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco. Após 12 anos sob o comando da Igreja Católica, Francisco encerra um pontificado marcado pela simplicidade, pelo diálogo inter-religioso, pela defesa dos pobres e pela luta contra as injustiças sociais e ambientais. As informações foram confirmadas pelo Vaticano.
Às 2h35 pelo horário de Brasília, 7h35 pelo horário local, desta segunda-feira (21) foi anunciada a morte do Papa Francisco. Francisco vinha enfrentando problemas de saúde, e sua condição era considerada delicada desde sua última hospitalização, há pouco mais de um mês.
Líder da Igreja Católica desde 2013, o argentino Jorge Mario Bergoglio foi o primeiro papa latino-americano da história e também o primeiro jesuíta a ocupar o trono de São Pedro. Sua morte representa uma perda profunda para os mais de 1,3 bilhão de católicos no mundo.
À frente da Igreja Católica por quase 12 anos, Francisco foi o papa número 266. Em 13 de março de 2013, durante o segundo dia do conclave para eleger o substituto de Bento XVI, Bergoglio foi escolhido como o novo líder – inclusive contra a sua própria vontade, segundo ele mesmo admitiu.
Seu papado foi marcado por posicionamentos progressistas em temas como meio ambiente, acolhimento de imigrantes, combate à pedofilia na Igreja e aproximação com outras religiões. Internado diversas vezes nos últimos anos.
Em missa de Páscoa, Arcebispo de Aparecida pediu respeito a Francisco
No Brasil, a notícia da morte do Papa chega um dia após uma celebração simbólica da Páscoa. Em Aparecida, durante a missa solene das 8h, a principal do Domingo de Páscoa no Santuário Nacional, o arcebispo Dom Orlando Brandes pediu respeito e orações pelo pontífice. Dom Orlando utilizou uma metáfora bíblica para reforçar a importância do Papa na estrutura e espiritualidade da Igreja.
“Pedro e João correram para ver o túmulo vazio. João chegou antes, porque ele é o discípulo amado, quem ama vai na frente. Pedro é a instituição, é a norma, é a organização da Igreja, aí vai mais devagar, mas João respeitou Pedro e esperou para que Pedro entrasse primeiro no túmulo. Isso é amar a Igreja. João quer respeitar a Igreja”, afirmou Dom Orlando. E completou: “Vamos respeitar o Papa Francisco, porque a Igreja, ela sim, é encarregada de continuar até o fim do mundo a grande alegria da ressurreição”.