
Os trabalhadores da General Motors de São José dos Campos aprovaram, em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (14), solidariedade e apoio à luta contra a saída da Ford do Brasil e o consequente fechamento de suas plantas no país. A assembleia, realizada no estacionamento da portaria 4, reuniu cerca de 1.500 trabalhadores do primeiro turno.
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Os metalúrgicos mantiveram o distanciamento e utilizaram máscaras para se prevenirem do contágio do coronavírus. A votação, aprovada pelos trabalhadores da GM de forma unânime, foi conduzida pelo vice-presidente do Sindicato, Renato Almeida. O fechamento da fábrica no Brasil levará à demissão de 5 mil trabalhadores diretos, sendo que 830 são da unidade de Taubaté.
O encerramento das operações deve provocar outras 15 mil demissões no setor de autopeças no país. Os cortes acontecerão apesar de todo incentivo fiscal que os governos sempre deram ao setor automotivo. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, nos últimos 20 anos, as montadoras receberam R$ 69,1 bilhões em incentivos federais, valores estes corrigidos pela inflação.
O Sindicato é favorável a estatização da Ford no país como forma de manter os postos de trabalho, e também defende que as centrais sindicais articulem com a população para que seja feita pressão contra o fechamento da empresa no Brasil.