A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (11) a 80ª fase da Operação Lava Jato. Cerca de 15 policiais federais cumprem cinco mandados de busca e apreensão no estado de São Paulo, sendo três na capital paulista e dois no município de Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba. O investigado responderá pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção.
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Esta fase é um desdobramento da 23ª fase da Lava Jato, ocorrida em 2016. De acordo com a PF, a investigação comprovou, dentre diversos fatos criminosos, que um representante de estaleiro estrageiro, o engenheiro Zwi Skornicki, além de ter efetuado pagamentos ilícitos no exterior para agentes públicos e para o marqueteiro político João Santana, tinha realizado transferências a outros indivíduos até então não identificados.
Um dos indivíduos, que é alvo da operação desta manhã, celebrou um falso contrato de consultoria com o representante de estaleiro estrangeiro, e utilizou de uma empresa offshore constituída em paraíso fiscal e de conta no exterior em seu nome. Em 2013, foram feitos pagamentos na ordem de U$ 1 milhão para indivíduo até então não qualificado.
Segundo o representante do estaleiro, os pagamentos foram feitos a partir de solicitação de vantagem feita pelo tesoureiro João Vaccari Neto, que na época formava o então Governo Federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Entre várias identificações, a PF notou que houve tratativas, em 2014, para o pagamento de mais de 600 mil dólares ao investigado, que não teria sido transferido apenas por receio gerado pela deflagração da Lava Jato.
Ainda segundo a PF, as diligências visam esclarecer os motivos para outras transferências bancárias no exterior identificadas em benefício do investigado, bem como explicar os motivos pelos quais ele foi favorecido por pedido do tesoureiro de partido político e, igualmente, para se apurar e rastrear a destinação dos valores que foram internados irregularmente no Brasil com o uso de doleiros.