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Um homem foi preso em flagrante nesta quarta-feira (25) após perseguir e atirar contra um ônibus do transporte público de São José dos Campos nas proximidades do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).
De acordo com o boletim de ocorrência, o motorista do coletivo da empresa Expresso Maringá, que presta serviços para a Prefeitura, alegou que seguia pela avenida Heitor Villa Lobos quando e ao virar à esquerda na rua Pedro Ernesto, se envolveu em uma manobra de trânsito com um veículo.
A partir desse momento, o motorista do veículo passou a perseguir o ônibus, realizando fechadas e ultrapassagens perigosas. Já nas imediações de um posto de combustíveis em frente à entrada do CTA, o condutor do carro sacou uma arma e efetuou dois disparos contra o coletivo, atingindo a porta de entrada e um vidro lateral do lado direito. O ônibus não transportava passageiros no momento da ocorrência e ninguém ficou ferido.
Após o ataque, o motorista do ônibus conseguiu fazer um retorno e o suspeito fugiu em direção ao bairro Vila Letônia. Com base nas informações prestadas pela vítima, investigadores da Polícia Civil localizaram o suspeito em sua residência.
Ao ser questionado, ele alegou que agiu por impulso e em estado de nervosismo, afirmando que os ônibus “nunca respeitam os veículos”. O homem apresentou aos policiais um dano no para-brisas do carro, supostamente causado anteriormente e confessou que a arma utilizada nos disparos foi uma ‘airsoft’.
Apesar da alegação, o delegado responsável pelo caso entendeu que houve risco concreto à integridade física do motorista e enquadrou o autor pelos crimes de dano qualificado com violência contra pessoa e exposição da vida ou saúde de outrem a perigo direto e iminente.
Diante da gravidade dos fatos e da violência envolvida, não foi concedida fiança pela autoridade policial, sendo a situação encaminhada ao Judiciário para eventual decisão sobre liberdade provisória.
O caso foi registrado no 7º Distrito Policial de São José dos Campos e segue sob investigação. A vítima foi orientada quanto ao prazo legal de seis meses para oferecimento de queixa-crime, caso opte por processo judicial particular contra o autor.
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Em nota, a Expresso Maringá lamentou o ocorrido e reforçou que o “transporte público é um serviço essencial à população” e que “qualquer ato de violência contra ele ou seus colaboradores representa prejuízos diretos à sociedade”. A empresa afirmou ainda estar colaborando com as autoridades na investigação do caso.