A empresa General Motors foi condenada a pagar um adicional de 30% de periculosidade a todos os eletricistas que trabalham na fábrica de São José dos Campos. A decisão foi tomada nesta terça-feira (23) pela 1ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª região (TRT-15), em Campinas, após uma ação movida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região (Sindmetal).
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De acordo com o Sindmetal, os eletricistas da GM vinham solicitando há muito tempo o pagamento desse adicional, devido à natureza arriscada de seu trabalho. Muitas vezes, eles precisam realizar manutenções enquanto a linha de produção ainda está energizada, o que aumenta os riscos de acidentes. Por isso, o Sindicato entrou com um processo judicial em 2000 para exigir o pagamento do adicional de periculosidade para todos os eletricistas da fábrica.
Em nota o metalurgicos do sindicato, afirmaram que durante mais de duas décadas, a GM tentou adiar o pagamento, mesmo que em outras unidades da montadora, como Gravataí (RS) e Joinville (SC), esse adicional já seja concedido.
Com a decisão desta terça-feira (23), a GM agora é obrigada a fornecer o adicional de periculosidade para os eletricistas contratados de 1995 até hoje. Esse adicional corresponde a 30% do salário de cada um durante todo o período trabalhado. Aproximadamente 400 trabalhadores serão beneficiados. No entanto, é possível recorrer da decisão.
O Sindicato aguardará a publicação do acórdão pela Justiça do Trabalho para convocar uma reunião com os eletricistas e discutir os próximos passos do processo.
Um grupo de trabalhadores esteve presente no julgamento em Campinas, nesta terça-feira (23), acompanhado de ativistas e líderes sindicais. A fábrica da GM em São José dos Campos emprega cerca de 4 mil trabalhadores e produz os modelos S10 e Trailblazer.