Ford convoca trabalhadores para retorno temporário à fábrica de Taubaté

(Foto: Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté)

Em assembleia realizada nesta quarta-feira (10), funcionários da Ford decidiram pela manutenção dos atos em defesa dos empregos na planta de Taubaté. A deliberação aconteceu após a montadora de veículos convocar cerca de 40 funcionários para o retorno temporário ao trabalho. 

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A convocação, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, foi considerada como uma retaliação da Ford, já que na última sexta-feira (5) a Justiça do Trabalho suspendeu o processo de demissão em massa na fábrica do Vale do Paraíba e também no município de Camaçari (CE).

No comunicado enviado aos funcionários, o Departamento de Recursos Humanos da Ford Taubaté informou que o líder de cada área realiza, por telegrama e ligação telefônica, a convocação dos funcionários para que o retorno aconteça de forma escalonada, considerando que os contratos de trabalho permanecem ativos. 

No entanto, para a entidade que representa a categoria, convocações feitas de forma individual configuram prática de assédio, desrespeitando a decisão expedida pela Vara do Trabalho de Taubaté. O Sindicato disse que tomará as medidas cabíveis para alertar a Justiça a atitude da empresa, já que não foi comunicado que um grupo havia sido chamado para retornar à produção. 

Em assembleia, os trabalhadores definiram que a mobilização pelos empregos seguirão no formato atual, com vigília 24 horas na porta da fábrica, atos externos – como o caso da carreata que está programada para a próxima sexta-feira (12), pelas ruas de Taubaté – e as reuniões com a Ford, sendo que a próxima está programada para acontecer na quinta-feira (11). 

A fábrica de Taubaté conta com 830 funcionários diretos. No entanto, segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a saída da empresa do país pode provocar um impacto de mais de 118 mil empregos, entre postos de trabalho diretos, indiretos e induzidos.