
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou Pablo Marçal (PRTB) por colocar vidas em risco durante uma expedição ao Pico dos Marins, na Serra da Mantiqueira, nos dias 4 e 5 de janeiro de 2022. O coach e ex-candidato à Prefeitura de São Paulo liderou um grupo de cerca de 60 pessoas em condições climáticas adversas, ignorando alertas de guias experientes, segundo o órgão.
A promotora Renata Zaros, responsável pela ação, propôs um acordo que previa o pagamento de R$ 273.240,00 a uma entidade social, mas Marçal rejeitou a oferta e chamou a acusação de “absurda”. “Todas as testemunhas afirmaram que participaram voluntariamente, sem pagar nada e sem serem lideradas por mim”, rebateu o coach, em nota encaminhada à reportagem da CBN Vale.
Segundo a Promotoria, mesmo com a chuva forte, vento e neblina, Marçal incentivou os participantes a seguir adiante, desconsiderando os avisos de perigo. Em determinado momento, um guia alertou que a travessia deveria ser interrompida, mas, conforme a denúncia, Marçal chamou o profissional de “covarde” e motivou parte do grupo a continuar. No fim, 32 pessoas o acompanharam, enquanto o restante desistiu.
Durante a madrugada, com condições climáticas ainda piores, alguns integrantes da expedição estavam desorientados e apresentando sinais de hipotermia, o que levou ao acionamento do resgate.
Marçal alega que está sendo alvo de perseguição política e lembra que o delegado que investigou o caso, Francisco Sannini Neto, concluiu que não houve crime. Ele afirma confiar na justiça e acredita que será inocentado.
Nota de Pablo Marçal sobre acordo com o MP
“Essa proposta de acordo é um absurdo, pois não há qualquer fundamento nessa denúncia. Todas as testemunhas ouvidas afirmaram que participaram da caminhada de forma voluntária, sem pagar nenhuma quantia, além dos guias contratados, e sem a liderança de ninguém, muito menos a minha. O próprio delegado Francisco Sannini Neto, quando estava à frente da investigação, em seu relatório de conclusão do inquérito, afirmou que não houve qualquer ilícito penal. A promotora, ao invés de acatar essa conclusão, solicitou a retirada da manifestação dos autos, o que só reforça a perseguição política contra mim. Confio na justiça e sei que a verdade prevalecerá.”