Os trabalhadores demitidos da Avibras aprovaram, em assembleia na terça-feira (29), uma série de manifestações para exigir do poder público e da empresa o cancelamento das 420 demissões ocorridas no último dia 18.
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Nesta quarta-feira (30), acontece outra mobilização, desta vez os demitidos fazem um acampamento em frente à fábrica da Avibras na unidade de Jacareí. Segundo o Sindicato, cerca de 95% dos desligamentos aconteceram na fábrica de Jacareí, e os demais, na unidade de Lorena.
Verbas rescisórias não pagas
De acordo como o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Weller Gonçalves, a Avibras informou que não irá pagar as verbas rescisórias que deveriam ser acertadas ontem (29). A empresa também disse que vai apresentar uma proposta de pagamento parcelado dos valores que os trabalhadores têm direito.
Mobilização em Brasília
Representantes do sindicato prometem fazer uma caravana para Brasília, neste domingo (3), com protestos a serem realizados em frente ao Palácio do Planalto e Ministério da Defesa, na segunda-feira (4).
Além de ter feito a demissão em massa sem negociação prévia com o Sindicato, a Avibras comunicou a entidade de que o pagamento das verbas rescisórias está suspenso, em razão do pedido de recuperação judicial, ainda não deferido pela Justiça.
O Sindicato também informou que fará uma campanha de arrecadação nas fábricas para compra de cestas básicas. A ideia é ajudar as famílias dos demitidos que estão sem salário e sem as verbas da rescisão.
Audiência Pública
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo agendou para esta quarta-feira (30), às 19h, uma audiência pública virtual em que será discutida a situação dos trabalhadores da Avibras.
O Sindicato levará para discussão a necessidade de estatização da empresa, que segundo o metalúrgicos, se justifica pela importância estratégica da Avibras no país, já que a empresa é fabricante de armamentos para o Ministério da Defesa.