Cristian Cravinhos, condenado a 38 anos de prisão pelo assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, será submetido a um exame criminológico para verificar se está apto a cumprir pena em regime semiaberto. O exame é uma determinação da juíza Sueli Zeraik, da Vara de Execuções Criminais de Taubaté.
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Cristian chegou a sair da cadeia em 2017 para cumprir a pena em regime aberto, mas foi preso novamente ao se envolver em uma confusão e tentar subornar policiais em Sorocaba. Ele retornou à Penitenciária 2 de Tremembé em regime fechado. A defesa de Cristian tenta o pedido de progressão de pena, que será analisada após a realização do exame criminológico.
O procedimento tem o objetivo de avaliar se Cristian Cravinhos ainda apresenta riscos para a sociedade, bem como os traços de personalidade dele, e se há algum arrependimento pelo crime que o colocou na prisão. O exame deverá acontecer dentro de 40 dias, por um especialista indicado pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), mas ainda não há a data precisa de quando será feito.
A defesa de Cristian solicitou a contagem dos dias de remissão de pena por trabalho penitenciário e conseguiu, na Justiça, a redução em 149 dias de um total de 41 anos e 10 meses de detenção. Caso consiga êxito nessa nova solicitação de regime semiaberto, Cristian Cravinhos – que cumpre pena desde novembro de 2002 – poderá ter direito a cinco saídas anuais de Tremembé.
Segundo o portal G1, Cravinhos atuou como apoio na faxina, manutenção e jardinagem da penitenciária, manuseio de estábulo, costureiro, ajudante geral e membro de uma oficina que reformou carteiras escolares.
SUZANE VON RICHTHOFEN
Após ter iniciado o curso de Biomedicina em uma faculdade de Taubaté, Suzane Von Richthofen passou a ocupar uma cela individual, própria para isolamento, para cumprir a pena de 39 anos de prisão pela morte dos pais. A informação foi confirmada pela CBN Vale junto à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), responsável pela Penitenciária Feminina I, de Tremembé.
De acordo com a SAP, a medida é um dos protocolos sanitários adotados pela pasta para a prevenção contra a Covid-19, desde que Suzane passou a estudar presencialmente a partir de uma autorização da Justiça. Ela, que está em contato com outras pessoas de fora do presídio, cumpre pena no regime semiaberto e conquistou o direito de ingressar ao ensino superior devido ao bom comportamento.
A Secretaria ainda informou à CBN Vale que as saídas de Suzane são monitoradas com tornozeleira eletrônica e que todas as outras detentas já foram vacinadas, no mínimo, com a primeira dose contra a Covid-19. Além disso, não há nenhum caso de suspeita ou de confirmação de contágio pelo coronavírus na P-1 de Tremembé. Ela já foi infectada pela doença e está em isolamento desde 20 de setembro.