Com portas fechadas, Vale do Paraíba tem prejuízo mensal de R$ 750 milhões no varejo, diz Sincovat

Com portas fechadas, Vale do Paraíba tem prejuízo mensal de R$ 750 milhões no varejo, diz Sincovat
(Foto: Charles de Moura/PMSJC)

Após 15 dias na fase emergencial e viver restrições impostas pelo Plano São Paulo, o comércio da região considerado não essencial, continua fechado, o que está causando um prejuízo diário no varejo de R$ 25 milhões. É o que revelou o Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e região).

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A pesquisa da entidade, realizada através dos dados da PCCV (Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista – FecomercioSP) mostra que o faturamento bruto corrente do varejo da DRT (Delegacia Regional Tributária) de Taubaté, composta por 39 municípios, pode sofrer perda de até R$ 750 milhões no mês de abril, um recuo de 25,1% em relação ao desempenho normalmente (antes da pandemia) existente para este mês do ano. 

Para Dan Guinsburg, presidente do Sindicato, o cenário é resultado da pandemia, por conta das restrições, baixo faturamento, fechamento de empresas e outras ações que acumulam durante o período. (Confira a reportagem ao final deste texto)

No ano passado, o faturamento bruto corrente do varejo da região atingiu no mês de abril os R$ 2,234 bilhões. Em 2019, para o mesmo mês, o faturamento foi de R$ 2,982 bilhões. Com valores atualizados para preços de janeiro de 2021, a perda seria de R$ 750 milhões.

Dan explica que ano passado o que ajudou a segurar o setor foram os auxílios emergenciais, redução salarial e de carga horária e linhas de crédito ao comércio, os quais neste ano vem sendo seguradas pelo governo. 

Mantendo a perspectiva de queda de 25,1% nas receitas do setor, a redução média prevista às atividades não essenciais, como vestuário, autopeças, concessionárias de veículos, eletrodomésticos e eletrônicos e outros pode chegar a 77% em relação ao movimento normal de um mês de abril.

Para o presidente do Sincovat, não é justo só o comércio estar pagando preço alto durante a pandemia. De acordo com ele, depois de abrir as portas, o setor enfrentará um outro agravante, que é a realidade financeira da população. Ou seja, as vendas serão fracas, já que haverá inflação, desemprego e juros em ascensão.

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