CBN Economia: Recessão global e risco fiscal no Brasil sinalizam saída perigosa para o país

José Joaquim do Nascimento e Fernando Carlos, da CBN Vale. Professor falou sobre risco fiscal e recessão global
(Foto: CBN Vale/Risco Fiscal)

No quadro CBN Economia, desta  quarta-feira (28), o colunista José Joaquim do Nascimento, alerta para os riscos que a economia nacional está sujeita por conta da queda de desempenho de outras economias parceiras. Confira!

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Os indicadores de recessão global estão assustando os mercados e alterando substancialmente os preços das commodities para baixo e, alterando os preços dos ativos financeiros, a partir das taxas de juros e taxas de câmbio. Um verdadeiro balde de água fria para a economia brasileira que depende do bom desempenho das economias desenvolvidas para voltar a melhorar suas condições de produção e consumo internas.

O primeiro elemento é o mercado mais importante da economia: o mercado financeiro, que sinaliza dificuldade para todos os brasileiros a partir da queda do crédito – mais caro e, mais seletivo – devido aos riscos de pagamentos. As maiores emissões de CDB e Debêntures com prêmios maiores sinalizam este fato.

A recessão global, puxada pelas grandes economias, como a chinesa (lockdown) e a americana (inflação alta), que se consolidada já é o suficiente para causar estragos extraordinários em nossa indústria de commodities, pois ao terem menores demandas, produzirão menos, logo ganharão menos e farão com isto o PIB encolher. Os perdedores serão mesmos os trabalhadores, ou ainda, a classe média deste País.

Em um artigo publicado pelo Boletim de Conjuntura do IBRE – Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) – de agosto, as decisões tomadas pelo governo federal no final de 2021 (desonerações) e neste ano de 2022 (pacote de bondades), bem como alguns de seus efeitos indiretos, poderão resultar em um impacto sobre os indicadores fiscais de até R$ 308 bilhões, ou 3,0% do PIB, em 2023.

A conjuntura econômica nacional para o próximo ano, partir dos indicadores, são perturbadoras e não parecem improváveis de acontecerem, pois há sinais claros, tanto externos como internos. Tudo indica que Brasil vai precisar andar devagar para não cair em esparrela, já que lá fora as coisas parecem um pandemônio e aqui dentro, os indicadores assustam os analistas experientes e entristecem os cidadãos que apenas trabalham.

Ouça o podcast completo com José Joaquim do Nascimento: