Após internação, Abdelmassih passa por consulta em cardiologista

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(Foto: Reprodução/TV Globo)

O ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão por ter cometido o crime de estupro em pacientes, passou na manhã da última segunda-feira (18) por uma consulta com cardiologista no Sistema Penitenciário Paulista, hospital que atende aos detentos na capital, após ficado em internação em Taubaté.

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De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), a avaliação cardiológica já estava previamente agendada antes da internação do ex-médico no Hospital Universitário de Taubaté. Ele permaneceu no HMUT de 8 a 13 de outubro, quando recebeu alta após se queixar de dores no peito e dificuldades para respirar.

Nesta terça (19), Abdelmassih se encontra na Penitenciária II “Dr. José Augusto César Salgado” de Tremembé, onde, segundo a SAP, cumpre pena com direito a avaliação periódica da equipe médica e de enfermagem da unidade prisional. Ele voltou ao Vale do Paraíba após o STF ter negado habeas corpus para prisão domiciliar.

INTERNAÇÃO

Roger foi transferido para o Hospital Municipal Universitário de Taubaté (HMUT) em 9 de outubro após se queixar de dores no peito e dificuldade para respirar. Ele ficou internado, antes, na UPA San Marino, onde realizou exames. O quadro de saúde do ex-médico evoluiu bem, embora tenha apresentado na ocasião uma “descompensação do quadro cardíaco de base”.

Abdelmassih é portador de insuficiência cardíaca crônica e hipertensão arterial, ambas em tratamento há anos, e os mesmos sintomas foram sentidos também em 16 de setembro. Por ser cardiopata, precisou, na ocasião, ser levado ao Hospital Regional de Taubaté, onde passou por cateterismo devido ao agravamento do quadro clínico.

Dever do Estado

No fim de agosto, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento ao pedido de Abdelmassih para que fosse restabelecida sua prisão domiciliar. De acordo com a defesa de Abdelmassih, ele sofre de doenças graves e não teria tratamento adequado no sistema prisional em Tremembé, onde cumpre pena.

O relator ressaltou, ainda, que a revogação da prisão domiciliar mostra o dever do Estado ao dar assistência ao preso e determinou que a Secretaria Administração Penitenciária adote todas as providências necessárias ao correto tratamento médico.

A defesa de Abdelmassih segue recorrendo à Justiça para que ele obtenha direito a cumprir pena em casa, devido a problemas cardíacos severos e a necessidade de maior acompanhamento e exames periódicos.