O Aeroporto Internacional de Viracopos, localizado em Campinas (SP), foi palco de um incidente que poderia ter tido consequências graves, como a perda de muitas vidas. No último domingo (14), o comandante de um gigantesco avião de carga teve que tomar uma ação preventiva para evitar uma possível colisão com um balão, durante a fase de aproximação para pouso.
O canal “Viracopos FullHD” no YouTube capturou o momento em que o Boeing 747, pertencente à companhia holandesa Martinair, parte do grupo Air France-KLM, estava se alinhando para aterrissar na pista 15. Devido à atitude imprudente e criminosa de baloeiros ainda não identificados, a aeronave teve que ser desviada de sua rota original.
O voo 7761, operado pelo Jumbo Jet de modelo 747-400F e registrado como PH-CKA, estava concluindo uma jornada de 11 horas desde Amsterdã, na Holanda, e tinha previsão de chegada em Campinas às 07h00. Durante o primeiro contato com a Torre de Controle de Campinas, o piloto foi alertado sobre a presença de pelo menos cinco balões na área.
Manobra de emergência
Pouco tempo depois, é possível observar no vídeo que o piloto executa uma manobra evasiva para a esquerda para evitar um balão que estava diretamente à frente. O piloto então reporta: “Balão exatamente na rampa de planeio, exatamente no localizador, nesta posição, a 3 milhas da pista”. Vale ressaltar que a posição da câmera, deslocada lateralmente em relação à pista, não permite visualizar o alinhamento do balão com o eixo de aproximação.
Apesar do desvio necessário durante a fase crítica de aproximação, o pouso foi realizado com segurança. Após a aterrissagem, o piloto reiterou as informações sobre a localização do balão, que estava exatamente na trajetória da aeronave.
Na sequência do vídeo, o piloto de um voo da Azul que pousou logo após o Boeing 747 também relatou ter avistado um total de cinco balões próximos ao aeroporto durante sua aproximação.
Soltar balões é crime
Fabricar, vender, transportar e soltar balões também é crime previsto no artigo 42 da Lei nº 9.605/98, dos crimes contra a flora: “fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano”. A pena é de prisão de 1 a 3 anos, ou multa, ou ambas, cumulativamente.
No caso de uma colisão com uma aeronave, pode resultar em consequências imprevisíveis, incluindo um acidente aéreo com perda de vidas. Vale ressaltar que crimes ambientais são inafiançáveis.
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