Com o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), desde março, a primeira vacina contra a Dengue para uso amplo na população não deve chegar inicialmente ao Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com integrantes do Ministério da Saúde, esse imunizante desenvolvido pelo laboratório japonês, Takeda Pharma Ltda, ainda precisa passar por análises internas antes de ser incorporado à rede pública de saúde, o que pode durar até 1 ano.
Além disso, a prioridade do Ministério da Saúde é para um produto nacional que está sendo desenvolvido pelo Instituto Butantan, de São Paulo, mas no momento, essa vacina sequer teve a pesquisa concluída. A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Butantan mostrou uma eficácia de 79,6% para evitar a doença, de acordo com o estudo clínico que está em sua 3ª de fase.
A eficácia da vacina do Butantan também foi avaliada, separadamente, de acordo com a exposição prévia ao vírus da dengue. Em pessoas que contraíram a doença antes do estudo, a proteção foi de 89,2%. Já naqueles que nunca tiveram contato com o vírus, a eficácia foi de 73,5%.
Fabricado pela Takeda, e atizado de Qdenga®, esse imunizante japonês tem demonstrado eficácia geral de 80,2% contra a Dengue causada por qualquer sorotipo e pode ser aplicada em crianças acima de 4 anos, adolescentes e também adultos até 60 anos de idade.
Com o aval da ANVISA, o imunizante pode ser vendido na rede particular a partir deste mês de julho por valores entre R$ 400 e R$ 500,00. No entanto, para ser oferecido na rede pública precisa primeiro ser avaliado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC).
A vacina Qdenga também foi avaliada pela agência sanitária europeia (European Medicines Agency – EMA) e teve sua comercialização aprovada na UE em 20/12/2022.
Já o imunizante aprovado anteriormente (Dengvaxia), produzido pelo laboratório Sanofi Aventis Farmacêutica, só pode ser utilizada por quem já teve dengue.