Sindicato de Taubaté dialoga com representantes globais da Ford para reverter demissões

(Foto: Douglas Castilho/CBN Vale)

Prestes a completar um mês do anúncio da Ford em encerrar as atividades no Brasil, funcionários da planta de Taubaté participaram, na manhã desta segunda-feira (8), de mais uma assembleia no estacionamento da fábrica. O ato repercutiu com os trabalhadores as atualizações do ‘plano de luta’ pela manutenção dos empregos e a liminar que suspende a demissão em massa na unidade do Vale do Paraíba e em Camaçari (BA).

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Com o objetivo de reverter a decisão da empresa, membros da entidade que representa a categoria participaram de uma reunião virtual com representantes globais da Ford, dos Estados Unidos. Para o coordenador do sindicato, Sinvaldo Cruz, ainda é possível a permanência da fábrica no Brasil, bem como sua produção. Contudo, reconhece a dificuldade para buscar alternativas e modificar a tomada unilateral. 

(Foto: Douglas Castilho/CBN Vale)

Carreata

Está programada para a próxima sexta-feira (12) uma nova carreata para sensibilizar a sociedade a respeito das demissões diretas e indiretas provocadas pelo fechamento da Ford em Taubaté. Esta será a segunda carreata realizada pelos trabalhadores, que já foram à Aparecida em ao menos 300 carros. Sinvaldo espera que o ato fortaleça ainda mais a união das pessoas em torno da causa. 

Suspensão

Na última semana, a Justiça do Trabalho  suspendeu o processo de demissão em massa nas fábricas da Ford de Taubaté (SP) e Camaçari (BA). As liminares foram expedidas em resposta a ações movidas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Os juízes determinaram que a montadora não realize desligamentos até a conclusão de negociação com os sindicatos.

A juíza da 2ª Vara do Trabalho de Taubaté, Andréia de Oliveira, apontou em seu despacho “a nulidade dos atos negociais até então perpetrados pela empresa junto à entidade sindical profissional, tendo em vista a condução/procedimento unilateral, a falta de informação/transparência ao sindicato e a restrição de conteúdo quanto ao seu objeto pela Ford”. 

A multa para cada item descumprido da liminar é de R$ 500 mil, e mais R$ 100 mil por funcionário atingido ou por máquina ou bem removido. 

Ouça a reportagem clicando no player de áudio abaixo:

 

(Foto: Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté)