Sindicato de Taubaté apresenta dados do caso Ford ao Ministério Público do Trabalho

(Foto: Divulgação/Sindicasto dos Metalúrgicos)

Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) participaram nesta terça-feira (19) de uma reunião virtual com procuradores do Ministério Público do Trabalho (MPT). Os dirigentes sindicais apresentaram dados sobre a situação dos trabalhadores e da Ford na cidade.

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Dentre as informações apresentadas, estão os acordos firmados com a empresa – inclusive com garantia de estabilidade nos empregos até 2021 -, os impactos socioeconômicos do fechamento da fábrica, processos trabalhistas em tramitação e benefícios fiscais oferecidos pelo município nos últimos cinco anos, além de uma agenda de mobilizações aprovada pelos trabalhadores.

As informações vão auxiliar investigações em três inquéritos abertos contra a montadora para analisar a situação das plantas de Taubaté (SP), Camaçari (BA) e Horizonte (CE). Caso as investigações comprovem danos para a cadeia produtiva do país, a Ford pode ser acionada judicialmente.

O Sindicato aproveitou a ocasião para apresentar, também, um estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). O levantamento aponta um impacto de até 118,8 mil postos de trabalho no país com o encerramento da produção da Ford no país.

O número envolve trabalhadores diretos, indiretos e os empregos induzidos em setores como comércio e serviços. O estudo do DIEESE aponta ainda que o impacto sobre a renda dos trabalhadores na cadeia expandida da Ford atinge R$ 2,5 bilhões. Já o impacto na economia de Taubaté, considerando apenas o 830 funcionários diretos da fábrica, pode chegar a 93,7 milhões ao ano.

A empresa, segundo o Sindicato, também é alvo de cerca de 280 processos trabalhistas que envolvem um passivo consolidado que pode chegar a R$ 25 milhões. Além disso, a categoria informou ao MPT que a Ford foi beneficiada com R$ 4 milhões de isenções municipais nos últimos cinco anos.