Em 4 anos a Fundação Cultural Cassiano Ricardo – FCCR, de São José dos Campos arrecadou mais de dez milhões de reais por meio das Leis de Incentivos, dobrou número de artistas inscritos junto a Fundação e ainda estendeu as ações do setor cultural para mais de dez mil alunos da rede municipal de educação. Os números foram apresentados pelo presidente da FCCR, Tom Freitas em entrevista ao programa CBN na Rede da CBN Vale nesta quinta-feira (02). Tom destacou os feitos dos últimos anos e os principais desafios para os próximos quatro anos.
Tom está a frente da presidência da Fundação desde 2020 e seguirá até 2028. Ele foi reempossado ao cargo pelo prefeito Anderson Farias (PSD) nesta quarta-feira (01) e tem como principal desafio um plano de 21 metas a serem alcançadas para melhoria e expansão do setor cultural na cidade.
De acordo com Tom Freitas, um dos principais pontos, das 21 metas que irão nortear os trabalhos da Fundação entre 2025 e 2028 está a criação de uma nova Casa de Cultura e Economia Criativa no Bairro Jardim da Granja; bem como a criação de uma Escola Livre de Arte e um espaço exclusivo para o Hub Criativo, a fim de atrair e incentivar projetos e profissionais do setor de arquitetura, games, modas entre outros setores da economia criativa.
“Outro ponto é criarmos em São José dos Campos uma sede da Film commission, com objetivo de ampliar e incentivar ainda mais a produção de filmes, curta metragens e documentários na cidade. Já tivemos alguns filmes e séries produzidas aqui em São José e com certeza podemos atrair ainda mais trabalhos como estes mobilizando outras secretarias bem como a locação de espaços e praças públicas para essas produções”, explicou.
Mais de 1.500 artistas mapeados e cerca de R$ 10 milhões de investimentos no setor
Entre 2020 e 2024, o presidente da Fundação destacou que foram arrecadados cerca de R$ 10 milhões por meio de Leis de Incentivos como a Aldir Blanc, Paulo Gustavo, além da Lei de Incentivo Fiscal – LIF e pelo Fundo Municipal de Cultura.
“Só pela Lei Paula Gustavo foram mais de cinco milhões, Aldir Blanc R$4,8 milhões e pelo Fundo Municipal de Cultura mais de R$1,5 milhão. É importante que os empresários do município saibam que eles podem destinar recursos para o setor cultural por meio da LIF e assim obter descontos e até abatimentos totais de impostos municipais direcionando recursos a um setor que além de arte gera emprego direto e indiretamente na cidade”, explicou Tom.
O Presidente disse ainda que quando assumiu a Fundação em 2020 cerca de 480 artistas se beneficiavam dos projetos e Incentivos promovidos pela Pasta. “Nós sabíamos que esse número não condizia com a realidade de São José dos Campos, então nosso trabalho inicial foi ir atrás dos artistas que não estavam neste mapa, dessa forma dobramos o número de profissionais cadastrados junto a Fundação e hoje somos mais de 1.500 artistas que acessam os recursos públicos disponíveis pela Fundação”, diz.
Cultura descentralizada alcançou mais de dez mil alunos da rede municipal
Tom destacou ainda que nos últimos quatro anos, em parceria com a secretaria de Educação e Cidadania foram alcançados mais de dez mil alunos da rede municipal que se beneficiaram com aulas culturais ministradas no contraturno escolar.
“Essas aulas acontecem nas regiões onde estão situadas as nossas dez casas de culturas e utilizando a estrutura das próprias escolas ampliamos de dez para 80 espaços culturais que além dos alunos beneficiam a própria comunidade local. Estes são projetos que, nessa próxima fase, continuarão com o desafio de ser ainda mais ampliado”, diz.
Tom explicou que há metas para serem alcançadas pelo setor cultural de São José dos Campos ainda este ano, mas, de acordo com ele, 2025 deverá ser um ano de estruturar o Plano de Governo Cultural e buscar recursos que possam ajudar a tornar as 21 metas em realidade.