A prefeitura de Taubaté decidiu anular as punições que haviam sido aplicadas pela gestão Ortiz Junior (PSDB) a três guardas municipais que participaram de um protesto em maio de 2016.
• Leia mais notícias da região clicando aqui
Em outubro de 2017, após processo administrativo disciplinar, o governo Ortiz aplicou pena de demissão para dois agentes, por “insubordinação grave em serviço”, e de suspensão de 30 dias para um terceiro guarda, por “incitamento à greve”.
Esse mês, após revisão do processo administrativo disciplinar, a gestão do prefeito José Saud decidiu tornar sem efeito as penalidades aplicadas a esses três agentes – os dois que haviam sido demitidos serão reintegrados ao serviço público municipal.
Questionado pela reportagem, o governo Saud não explicou os motivos que levaram à anulação das punições.
Relembre o caso:
No dia 29 de abril de 2016, um guarda municipal que fazia a segurança em uma fábrica desativada na zona rural foi espancado por quatro homens que invadiram o local.
No dia 4 de maio do mesmo ano, um grupo de guardas municipais realizou uma manifestação em frente à sede da Prefeitura. Eles pediram melhores condições de trabalho, como intervalo para almoço, fim do assédio moral e fornecimento de armamento e equipamento de segurança.
No mesmo mês, seis guardas identificados como líderes do movimento foram afastados do serviço por 60 dias e passaram a responder a processo administrativo disciplinar. Além disso, outros 26 agentes que participaram do protesto foram alvo de sindicâncias, com punições com advertência ou suspensão.
Dos seis guardas identificados inicialmente como líderes do movimento, dois foram demitidos em 2017, um recebeu suspensão de 30 dias, dois receberam advertência por “promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição” e um não recebeu punição.
Saiba mais
Conflitos interpessoais respondem por 67% dos homicídios em SJC, segundo a Polícia Civil