A Embraer começou 2025 com resultados positivos em todas as suas áreas de atuação. No primeiro trimestre, a companhia alcançou uma carteira de pedidos no valor de US$ 26,4 bilhões, o equivalente a cerca de R$ 151 bilhões, número representa um novo recorde para a empresa no período.
O valor é 25% superior ao registrado no mesmo período do ano passado e ligeiramente acima do recorde anterior, que havia sido alcançado no final de 2024. Ao todo, foram entregues 30 aeronaves no trimestre — um aumento de 20% em relação ao mesmo período de 2024. As entregas correspondem a 13% da meta anual da Embraer, que pretende entregar entre 222 e 240 jatos em 2025.
Além disso, os pedidos da companhia se mantiveram fortes em todos os segmentos, incluindo aviação comercial, executiva, defesa e suporte. A seguir, veja o desempenho de cada área:
Aviação Comercial
Apesar de ser o principal segmento da Embraer, a aviação comercial registrou uma leve queda. A carteira de pedidos totalizou US$ 10 bilhões, valor 2% inferior ao do último trimestre de 2024 e 10% abaixo do mesmo período do ano passado.
Entre janeiro e março, a empresa entregou sete aviões comerciais, o que representa 9% da meta anual para o segmento. O número ficou um pouco abaixo da média dos últimos cinco anos, que é de 12% para o primeiro trimestre. Segundo a empresa, dois jatos deixaram de ser entregues por questões comerciais, mas a expectativa é de que esse atraso seja compensado ainda em 2025.
Um destaque importante foi o pedido feito pela ANA Holdings Inc., do Japão. A companhia encomendou 15 jatos E190-E2, com opção de adquirir mais cinco. O pedido deve ser incluído oficialmente na carteira de pedidos no segundo semestre, quando o contrato final for assinado.
Aviação Executiva
Na aviação executiva, os resultados foram ainda mais expressivos. A carteira de pedidos chegou a US$ 7,6 bilhões, valor 3% superior ao recorde anterior, registrado no último trimestre de 2024, e 66% acima do mesmo período de 2024.
Foram entregues 23 jatos executivos entre janeiro e março, número 28% maior que o do mesmo período do ano passado. As entregas representam 15% da meta de 2025 para o setor, que prevê entre 145 e 155 aeronaves. Os modelos da linha Phenom 300, por exemplo, foram mais uma vez reconhecidos como os jatos leves mais vendidos do mundo, segundo a GAMA (Associação dos Fabricantes de Aviação Geral).
Defesa e Segurança – Recorde histórico
O setor de Defesa e Segurança fechou o trimestre com uma carteira de US$ 4,2 bilhões, um crescimento de 73% em relação ao ano anterior. Um dos destaques foi o contrato com o governo do Uruguai, que converteu a opção de compra de cinco aeronaves A-29 Super Tucano em pedidos firmes. O acordo ainda inclui equipamentos de missão, logística e simulador de voo.
Outras seleções importantes vieram de países como Suécia, Eslováquia, Portugal e Panamá, que demonstraram interesse nos modelos KC-390 e A-29. No entanto, como os contratos ainda não foram assinados, esses valores não entraram na contagem oficial da carteira.
Serviços e Suporte – Recorde histórico
O segmento de Serviços e Suporte manteve estabilidade, com carteira de US$ 4,6 bilhões, 49% acima do primeiro trimestre do ano passado. Um dos destaques foi o acordo com a Airlink, companhia aérea da África do Sul. A parceria envolve a gestão de peças de reposição para os 68 aviões da Embraer que compõem a frota da empresa.
Esse contrato marca a entrada da Airlink no programa ECIP (Planejamento Colaborativo de Estoques da Embraer), voltado à redução de custos e otimização dos estoques de peças.