Prefeitura de São José anuncia novo modelo de transporte público 100% elétrico e gerido pela Urbam

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(Foto: Divulgação/PMSJC)

Nesta quinta-feira (3), a Prefeitura de São José dos Campos anunciou o novo modelo de transporte público da cidade. Segundo o prefeito Felicio Ramuth (PSD), São José será a primeira cidade do Brasil com uma frota urbana 100% elétrica e sustentável. O anúncio foi feito durante evento realizado nesta manhã no auditório do Paço Municipal.

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De acordo com a administração, a Urbam (Urbanizadora Municipal) que irá fazer a gestão do transporte público no município. A Urbanizadora irá alugar os coletivos que vão ser entregues a uma empresa contratada pela Prefeitura para a operação do transporte público, além dos serviços de manutenção preventiva e corretiva dos veículos, do sistema de carregamento e geração de energia.

O edital para a locação dos ônibus foi publicado na última sexta-feira (25) pela Urbam e os envelopes com as propostas serão abertos no dia 29 de março. A estimativa é que em outubro o novo sistema já esteja em operação.

Após uma concessão frustrada com a Itapemirim, o novo sistema prevê a ampliação no número de veículos e linhas, como estabelecido nas audiências públicas realizadas no ano passado, garantindo maior conforto, frequência e menor custo.

Novo transporte público

Além da aquisição da frota e infraestrutura, a Urbam também será responsável pela gestão financeira e pelos meios de pagamento do transporte público na cidade. A Prefeitura fará uma nova licitação para contratação da operação do sistema. Os contratos terão duração de 10 anos.

O novo sistema será sustentável e terá custo mais acessível ao cidadão. Os veículos serão novos, terão carregadores USB e ar condicionado. A frota será composta por até 437 ônibus no modelo padron e 100% elétrico.

Contratação frustrada

O novo modelo de transporte público de São José dos Campos acontece após a rescisão dos contratos de concessão para operação do sistema de transporte público com o Grupo Itapemirim, no início de fevereiro.

A empresa que passava por processo de recuperação judicial, não apresentou uma série de documentos nos prazos estabelecidos, descumprindo o contrato assinado com a Prefeitura. Na época, o Sindicato dos Condutores e oposição questionavam a participação da Itapemirim na licitação, alegando que a empresa passava por crises e que poderia prejudicar o sistema de transporte da cidade.