A promotoria de Justiça de Roseira recebeu informações de que uma comunidade terapêutica, com sede na cidade, tem funcionado de maneira clandestina, praticando maus tratos e tortura contra os internos, além da falta de estrutura para realizar os atendimentos. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
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De acordo com o Ministério Público (MP), duas pessoas que alegavam ser pai e filho procuraram o órgão na última sexta-feira (22) para denunciar o caso. O filho aparentava ter sido agredido depois de ser internado na clínica de reabilitação, no bairro Pedro Leme. Ambos foram atendidos e encaminhados à Delegacia para a elaboração do boletim de ocorrência.
Após a formalização da denúncia, a Promotoria se deslocou até a comunidade terapêutica para diligência, em parceria com a Prefeitura, Vigilância Sanitária de Roseira, Polícia Civil e Polícia Militar. A força tarefa teve início no fim da tarde e constatou diversas irregularidades como ausência de estrutura para atendimento, falta de registro nos órgãos competentes, falta de funcionários qualificados e cadeado na porta do alojamento dos internos.
Além disso, vários internos reclamaram no sentido de que foram impedidos de abandonar a clínica e manter contato com seus familiares. Todos os pacientes que manifestaram o desejo de abandonar a comunidade terapêutica foram levados até a delegacia, onde prestaram depoimentos e depois foram alimentados e abrigados pela prefeitura.
Em seguida, todos foram auxiliados a retornar para suas cidades de origem. Foi apreendido, segundo o MP, um celular pertencente a comunidade terapêutica e toda a documentação ali encontrada. Houve a instauração de um inquérito policial na delegacia de polícia de roseira, e de um procedimento na promotoria. A promotoria aguarda a conclusão do inquérito policial.