Policiais ambientais apreenderam diversos animais silvestres mantidos ilegalmente em cativeiro, na tarde desta terça-feira (1º), em Santo Antônio do Pinhal. O caso ocorreu em uma casa localizada na Estrada Municipal das Cerejeiras, no bairro Barreiro.
A vistoria foi realizada a partir de um ofício enviado pela Delegacia da cidade. A solicitação pedia que fosse verificada uma possível situação de degradação ambiental na propriedade de uma bióloga de 62 anos.
Assim que chegaram ao local, os policiais ambientais notaram a presença de diversos animais domésticos. No entanto, o que chamou atenção foi a existência de três cachorros-do-mato presos em compartimentos construídos com alvenaria e tela.
Além disso, outros animais silvestres também foram encontrados em viveiros. Entre eles estavam um gavião-carcará, um urubu de cabeça preta e 24 cascos de jabuti. Durante a inspeção, os policiais ainda localizaram a pele de um veado-campeiro, já taxidermizada, próxima ao computador da residência.
Questionada sobre a legalidade da guarda dos animais, a bióloga informou que possuía cadastro no sistema SIGAM, mas não apresentou a autorização oficial exigida para manter espécimes silvestres em cativeiro. Segundo ela, a pele do veado seria de um animal atropelado, o qual ela havia recolhido e conservado. Ainda assim, não apresentou nenhuma autorização ambiental para justificar a posse do material.
A mulher também alegou que, por ser bióloga, acreditava que poderia manter os cascos de jabuti em sua casa. No entanto, essa justificativa não foi suficiente para evitar a apreensão dos itens encontrados.
Como resultado, os animais e os materiais taxidermizados foram recolhidos e entregues aos próprios policiais ambientais, que devem destiná-los ao CETAS – o Centro de Triagem de Animais Silvestres do IBAMA, localizado em Lorena.
Por fim, a Polícia Civil também esteve no local e irá apresentar um relatório complementar para dar continuidade à investigação.