Padrasto que decapitou bebê de um ano é condenado em júri popular a 54 anos de prisão em Pinda

(Foto: Reprodução)

Um padrasto que decapitou a bebê Maria Clara, de um ano e quatro meses, em Pindamonhangaba, foi condenado a 54 anos de prisão em regime fechado por um júri popular realizado na última terça-feira (10). Diogo da Silva Leite cometeu o crime em outubro de 2020, quando havia saído com a enteada e contado que a criança tinha sido raptada. A Polícia contestou a versão e deu início as investigações.

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De acordo com a decisão do júri popular, Diogo, que já estava preso em uma penitenciária de Tremembé, permanecerá recluso por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime. A defesa recorrerá da sentença alegando punição acima do limite legal. O crime aconteceu em 13 de outubro do ano passado.

De bicicleta, Diogo percorreu cerca de 30 km, com a enteada em uma cadeirinha, e a levou até a zona rural de Taubaté, conduzindo para área de mata. Segundo o promotor Alexandre Mourão Mafetano, o local era desabitado, e “ali, onde ninguém poderia intervir, de forma fria e cruel, provocando intenso e atroz sofrimento, o réu sacou a faca que trazia consigo e cortou o pescoço da vítima, sem que ela pudesse lutar por sua vida”.

O promotor declarou, ainda, que Diogo, “extravasando impiedade e perversidade ímpares, decapitou a vítima”. Horas depois, Diogo retornou para casa, onde contou para sua mulher que, enquanto foi ao banheiro, deixou a criança com um desconhecido e não mais a encontrou. O casal foi até a Delegacia, onde comunicaram as autoridades, que notou contradições no depoimento.

Questionado novamente, o criminoso confessou o delito e informou o local que o corpo foi deixado. No plenário do Júri, ele voltou a confessar a prática do crime, mas segundo a Promotoria, “sem demonstrar arrependimento ou tristeza pela sua conduta, desejando apenas assumir sua ‘cota’ de responsabilidade e apontando a participação de outras pessoas no crime”.

Após a consumação do crime e a descoberta da autoria do delito, a população incendiou a casa do padrasto, onde residia com a mãe biológica da vítima. Diogo não poderá recorrer em liberdade do caso e seguirá preso.