OAB-SP: Aumentam os casos de golpistas se passando por ‘advogados’ pedindo dinheiro a clientes

Aumentam os golpes de pessoas se passando por ‘advogado’ pedindo dinheiro a clientes por aplicativo de mensagem
(Foto: diego_cervo/ThinkStock)

Casos de golpistas que se passam por advogados e advogadas têm aumentado nos últimos dias no estado de São Paulo. Por meio de aplicativos de mensagens, criminosos usam fotos de profissionais do Direito ou logomarcas de escritórios de advocacia para solicitar transferências bancárias referentes a processos.

• Leia mais notícias da região clicando aqui

Para falar sobre esses casos e como evitar os golpistas, a Rádio CBN São José dos Campos e Vale entrevistou nesta quarta-feira (9) o Dr. Leonardo Sica, vice-presidente da OAB-SP. Golpes digitais passaram a fazer parte da nossa sociedade cada vez mais conectada, e envolvem diversas formas de iludir as pessoas que acabam sendo vítimas de fraudes por pessoas se passando por parentes, advogados, amigos necessitados ou mesmo empresas.

Segundo o advogado, em geral, as cobranças chegam para pessoas que têm verbas indenizatórias a receber como os precatórios. Precatório é uma dívida que o poder público tem com um cidadão, é uma ação julgada e irreversível. A quadrilha acessa seus processos – que não tramitam em segredo de justiça – para descobrir informações sobre as partes envolvidas.

Com essas informações, os golpistas entram em contato com os titulares das contas e pedem para que paguem taxas para a liberação do dinheiro. Sobre os precatórios, o Dr. Leonardo explicou que há advogados que fazem esse trabalho regularmente, e que é preciso se informar, consultar um especialista legalmente registrado na Ordem dos Advogados do Brasil, para que ele possa representar o cliente nas ações que envolvam o pagamento dessas dívidas.

Ele também orienta nunca contratar o serviço de um advogado de forma online, ou seja, sem nunca ter havido um primeiro contato pessoal, e mesmo assim, é importante conseguir referências sobre o trabalho desse profissional. A OAB-SP orienta as vítimas que não respondam essas mensagens e registrem boletins de ocorrência.

A Secional também recomenda que seus inscritos fiquem atentos a possíveis estelionatários em busca de dados para aplicação em golpes e requisita que os profissionais prejudicados informem a entidade, além dos órgãos públicos competentes, acerca da existência desse tipo de prática ilícita envolvendo a advocacia.

Ouça a matéria de Marcelo Rocha: