“Não é uma operação fácil”, diz delegado da Polícia Civil sobre investigação do caso Marco Aurélio

"Não é uma operação fácil", diz delegado da Polícia Civil sobre investigação do caso Marco Aurélio
(Foto: Arquivo Pessoal/Ivo Simon)

A Polícia Civil realiza as primeiras diligências para investigar o caso do desaparecimento do escoteiro Marco Aurélio, em 1985. O caso voltou a tona após uma das filhas do antigo guia daquela região dizer que viu uma cova próximo à casa onde morava em 1989, que serviu de acampamento aos escoteiros.

• Leia mais notícias da região clicando aqui

Com essas e outras informações, a justiça autorizou a reabertura do inquérito, que foi arquivado em 1990. O delegado responsável pelo caso, Dr. Fábio Cabett, informou que as investigações estão avançadas, mesmo em um curto período. As autoridades já visitaram cidades vizinhas a Piquete e interrogaram a mulher que trouxe o relato da cova. (ouça a reportagem ao final do texto)

Circulam também pelas redes sociais de que Marco Aurélio teria sido morto por um rapaz com problemas intelectuais e, para proteger o filho, o pai teria enterrado o corpo debaixo de sua cama. O delegado foi até a propriedade apontada para um trabalho de reconhecimento e acredita que o boato não procede. 

Por conta desses relatos, as investigações serão divididas em dois pontos: a casa apontada nas redes sociais e o terreno onde haveria uma cova. A polícia isolou as duas áreas que ficam na base do Pico dos Marins, em Piquete, e o acesso ficará restrito por tempo indeterminado às autoridades policiais, sendo proibida a entrada de qualquer outra pessoa. Os trabalhos de busca devem contar com o apoio de policiais e peritos da região e também da capital.

O delegado informou que também irá apurar informações levantadas por uma investigação paralela feita por parentes e amigos da família do escoteiro, que apontariam que Marco Aurélio ainda pode estar vivo. 

Relembre o caso

O escoteiro Marco Aurélio Simon desapareceu no dia 8 de junho de 1985, durante acampamento no Pico dos Marins. O menino, na época tinha 15 anos e estava com três amigos e o líder dos escoteiros. Durante uma trilha no local, um dos adolescentes torceu o pé e o líder autorizou que Marco Aurélio voltasse sozinho para buscar ajuda no acampamento. Desde então, o escoteiro nunca mais foi visto.

Foram 30 dias de buscas com mais de 300 pessoas vasculhando as redondezas. Até hoje, nenhuma pista do escoteiro foi encontrada. Todo tipo de ajuda foi utilizada como: equipes da Polícia Militar, soldados, bombeiros, alpinistas, guias, voluntários, cães farejadores e helicópteros. Foram chamados até mesmo sensitivos e videntes para ajudar, mas nenhuma pista foi encontrada.

Ouça a reportagem clicando no player de áudio abaixo: