Júri condena agressor de Mariana Orbolato por lesão corporal grave; tentativa de feminicídio é descartada

(Foto: Arquivo Pessoal)

O júri popular responsável pela definição do caso Mariana Orbolato decidiu pela condenação do homem que a agrediu, em 2019, por lesão corporal grave. O crime prevê pena inferior ao de tentativa de feminicídio, que era o desejo da jovem de 24 anos, e o agressor Jorge Henrique Trevisan Pereira deve permanecer preso em regime semiaberto, por cinco anos.

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O júri, composto por sete homens, entendeu que Jorge não teve a intenção de matá-la, por não ter utilizado arma no momento da agressão. Diante disso, o agressor, que respondia por tentativa de homicídio e tinha chances de ficar recluso entre 12 e 30 anos, passará a responder por lesão corporal grave. Ele já está preso há três anos e o período detido deve ser descontado da pena definida pela Justiça.

A audiência teve início por volta de 9h e acabou somente às 19h30. Em publicação nas redes sociais, Mariana desabafou, e disse que há dois anos sofreu uma tentativa de feminicídio, e que o agressor só não teria a alcançado pois bateu o carro, e que o júri composto por sete homens praticamente o inocentou. Em 2019, quando ocorreram as agressões, Mariana também utilizou o Instagram para alertar outras mulheres, dizendo que ‘passou pelo pior dia de sua vida vendo a morte em sua frente’.

Na época, a jovem tinha 22 anos e foi agredida em frente à casa do homem, no Jardim Primavera 2, zona leste de São José dos Campos. Segundo relatou a Mariana, o homem a chamou para conversar e a levou para sua casa. Ela teria rejeitado as tentativas de reaproximação do autor do crime, que, inconformado, começou a dar tapas e socos. A vítima conseguiu entrar no carro do rapaz e dirigir até uma base da Polícia Militar.