
Documentos com detalhes das vendas de aviões militares do modelo A-29 Super Tucano, além de dados pessoais de funcionários da Embraer, foram vazados na deep web. A informação é do jornal Folha de S. Paulo. O vazamento ocorreu após a fabricante de aeronaves ter sofrido um ataque cibernético em seus sistemas de tecnologia da informação, no fim do mês de novembro.
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De acordo com a reportagem, que analisou os arquivos, são mais de 200 itens distribuídos em quatro grandes pastas. Diversas planilhas do Excel reuniam nomes, telefones, datas de aniversário e CPF dos funcionários da Embraer. Até mesmo informações não tão relevantes, como a lista dos que pagaram R$ 37,92 para participar de um churrasco em São José dos Campos, também foram publicadas.
Com relação a aeronave militar A-29 Super Tucano – utilizada pela Força Aérea Brasileira – sua venda faz parte de um acordo comercial firmado entre Embraer e a Nigéria. A Força Aérea do país africano encomendou 12 aeronaves do tipo, com previsão de entrega para 2021.
Outro lado
A Embraer confirmou que recebeu pedido de ‘potenciais pagamentos’ neste contexto do ataque cibernético, mas garantiu que não iniciou nenhum processo de negociação e também não pagou nenhuma pessoa envolvida. A reportagem antecipou, ainda, que poderia ter acontecido a comercialização das informações de forma ilegal, por meio de extorsão e chantagem.
Em nota encaminhada à CBN Vale, a Embraer informou que reestabeleceu a operação de todos os seus sistemas de tecnologia da informação que foram desligados temporariamente, como medida de precaução, em razão deste ataque. A empresa também informou que segue investigando as circunstâncias do ataque e a quantidade de informações divulgadas, avaliando a existência de impactos sobre seus negócios e também aos terceiros que foram atingidos.