Ministro Gilmar Mendes suspende investigação contra FGV por suposto esquema de corrupção e fraudes

FGV é investigada pela pf
(Foto: Reprodução/Polícia Federal/FGV é investigada pela PF)

A Fundação Getulio Vargas (FGV)  era investigada por suposta participação em esquema de corrupção que envolveria órgãos federais e estaduais em contratos sem licitação.

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Nessa sexta-feira (18), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (TSF), suspendeu a ação da Justiça Federal que apurava um esquema de corrupção, fraude e lavagem de dinheiro contra integrantes da família Simonsen, fundadora da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Segundo o ministro, os fatos não são de competência da Justiça Federal, sendo que tal “circunstância que constitui flagrante ilegalidade que tem se repetido nos inúmeros casos acima descritos”. Na decisão, Gilmar Mendes ainda critica o que classifica como “a indevida expansão da competência da Justiça Federal do Rio de Janeiro” em casos relacionados à Operação Lava Jato.

O magistrado determinou que a investigação vá para a Justiça estadual do Rio.

Na quinta-feira (17), a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em São Paulo, além de medidas cautelares restritivas e de sequestro de bens. De acordo com as investigações iniciadas em 2019, havia superfaturamento de contratos para pagamento de propinas.

Dados do Ministério Público apontam que a instituição de ensino teve 13 contratos de consultoria ao governo do Rio de Janeiro celebrados sem licitação, no total de mais de R$ 41 mi.

A tarefa era elaborar relatórios técnicos, avaliações e planos de gestão e execução de projetos na área de transportes. Outro contrato superfaturado de mais de R$ 28 mi, para serviços relativos à venda do Banco do Estado do Rio de Janeiro (Berj), gerou R$ 6 mi em propinas.

De acordo com o Estadão, a FGV afirmou, em nota, que desde 2019, a instituição e seus dirigentes são alvos de perseguição e vítimas de imputações quanto a supostos fatos ocorridos há 15 anos.

Que assinou termo de ajustamento de conduta com o MP-RJ, que tem sido cumprido. E que causa estranheza e indignação que temas já sepultados pela justiça estadual sejam requentados, agora, na esfera federal, para macular gravemente a imagem de uma entidade que há mais de 70 anos contribui para o desenvolvimento do Brasil.

*Rádio 2