“É preocupante a postura de um presidente”, diz deputado Sérgio Victor sobre polêmica do voto impresso

"É preocupante a postura de um presidente", diz deputado Sérgio Victor sobre polêmica do voto impresso
(Foto: Nelson Jr./ASICS/TSE )

Passados 25 anos da estreia das urnas eletrônicas nas eleições brasileiras, o uso dessas máquinas está novamente em pauta. A discussão foi puxada pelo presidente Jair Bolsonaro, que acusa o modelo de não ser confiável e alega que houve fraudes na votação de 2018, a mesma em que ele se elegeu.

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Bolsonaro quer que, a partir da eleição presidencial de 2022, os números que cada eleitor digita na urna eletrônica sejam impressos e que os papéis sejam depositados de forma automática numa urna de acrílico. A ideia dele é que, em caso de acusação de fraude no sistema eletrônico, os votos em papel possam ser apurados manualmente.

O discurso divide opiniões e tem gerado discussões em diferentes âmbitos políticos. O deputado estadual, Sergio Victor (Novo), por exemplo, acha que o discurso é preocupante e não será solução para os eleitores, ainda mais por ser um método de votação que elegeu o próprio presidente e seus filhos. (ouça a reportagem ao final do texto)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável pela organização das votações brasileiras, defende que utiliza o que há de mais moderno em tecnologia para garantir “a integridade, a confiabilidade, a transparência e a autenticidade do processo eleitoral”. Sérgio Victor opina que ainda haverá uma longa discussão pela frente e que o trâmite resultará em nada. 

O deputado ainda criticou outras pautas que vem gerando repercussões negativas entre a população, como o trâmite que torna punições menos rígidas quando um político comete um crime eleitoral. Além disso, outro projeto também repercutiu mal na sociedade e gerou pressão sobre o presidente Jair Bolsonaro, que foi a aprovação e aumento do fundão eleitoral no valor de R$ 5,7 bilhões. O valor, considerado alto, não agradou, ainda mais porque os próprios aliados do presidente são a favor do fundão. 

O fundão eleitoral é formado com dinheiro público, criado em 2017. O objetivo é financiar as campanhas políticas nas eleições. Essa foi a solução encontrada pelo Congresso quando, em 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o fim do financiamento de campanhas por empresas.

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Fonte: Agência Senado