Dia Mundial da Ufologia: Vitório Pacaccini traz novas revelações do caso ET de Varginha

Claudio Leyria, Vitório Pacaccini, marcelo Rocha e Edson Reis, sobre o Dia Mundial da Ufologia
(Reprodução: CBN Vale/Dia Mundial da Ufologia)                                               Pacaccini

Neste sábado (24) é comemorado o Dia Internacional da Ufologia, uma área de estudos que busca compreender e investigar a aparição dos chamados OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados), e o programa CBN Na Rede, dessa sexta-feira (23), entrevistou convidados especiais para debaterem esse polêmico, mas atraente universo de pesquisa.

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Conversamos com Claudio Leyria, jornalista, editor de livros didáticos, e que lançou o e-book chamado Clint, pela Amazon, uma ficção que conta a história de extraterrestres com base em casos famosos, como o incidente em Varginha (MG) e a famosa ‘noite dos Ovnis”, ocorrida em São José dos Campos, em 1986.

E, para aprofundar o assunto, a CBN também conversou com Vitório Pacaccini, um dos primeiros ufólogos a chegar na cidade de Varginha (MG), em janeiro de 1996, quando os primeiros relatos da aparição de uma criatura misteriosa surgiram, o que viria a se tornar assunto nacional e internacional, intitulado de caso do ‘ET de Varginha’.

Leyria nos contou que escreveu sua ficção em 1997, depois de ter feito uma reportagem sobre o avistamento de Ovnis no céu de São José dos Campos, em 1986, à época em que atuava como jornalista da sucursal do jornal Folha de São Paulo, em São José, a Folha Vale, comandada pelo (hoje colunista da CBN Vale) Hélcio Costa. O jornalista teve acesso a todo o relatório sigiloso sobre a famosa noite.

“A gente não podia ‘xerocar’, nem fotografar o relatório, mas foi a primeira vez que soubemos que a Aeronáutica acompanhou a fundo o avistamento dos Ovnis. Naquela noite, a Força Aérea ativou caças da base em Anápolis, em Goiás, para perseguir os objetos, mas sem sucesso”.

Com base neste evento, Leyria criou uma história sobre extraterrestres na Serra da Mantiqueira, inclusive, tomando como inspiração, a história do ET de Varginha.

alienígena na capa do livro Clint, e-book lançado pela Amazon
(Reprodução: Claudio Leyria)

Noite Oficial dos Ovnis em São José dos Campos

Na noite de 19 de maio de 1986, relembra Leyria, sobre o fato do então, ex-superintendente da Embraer, Ozires Silva, que pilotava um avião bimotor Xingu, ao retornar de Brasília (DF), após uma reunião com o ex-presidente José Sarney, que o indicou para assumir a presidência da Petrobras. Ao lado do seu copiloto, Alcir Pereira da Silva, Ozires recebeu mensagem perguntando se ele tinha avistado “algo de esquisito no ar”. Pelo radar, o controlador de voo havia detectado três Ovnis sobre São José dos Campos. Após visualizar as luzes suspeitas no céu, Ozires então pediu permissão para perseguir os objetos, mas, não conseguiu alcançá-los.

Nasa recolhe provas do avistamento.

Claudio Leyria contou que seu colega, o repórter fotográfico Adenir Britto, fez fotos das luzes e das evoluções dos objetos no ar, com as imagens sendo publicadas no jornal Valeparaibano. Porém, durante aquela semana, vieram representantes da Nasa (Agência Espacial Norte Americana) na redação do Valeparaibano, e acabaram levando os filmes negativos “para análise”, no entanto, nunca mais foram devolvidos. O que existe hoje, conclui o jornalista, são as fotos que foram impressas no jornal e as cópias em papel que eram feitas regularmente.

Ufólogo do caso ET de Varginha

Estudioso da ufologia, com uma bagagem de centenas de documentos analisados sobre avistamentos de Ovnis, Vitório Pacaccini disse que ao chegar em Varginha, naquele janeiro de 1996, para investigar os acontecimentos, apurou que ao todo, não foi apenas um ET (extraterrestre) apreendido, mas na realidade, cinco criaturas.

Pacaccini conta que, desde a infância, sempre teve muito contato com amigos e pais de militares que foram formados pela ESA (Escola de Sargentos das Armas), em Três Corações (MG). Já em 1996, ano do caso Varginha, vários desses amigos se tornaram oficiais graduados na escola, e que foram fundamentais em sua pesquisa de campo, produzindo um enorme conjunto de informações e revelações que vieram estritamente do meio militar, de forma sigilosa. 

Horários, locais, equipamentos utilizados para a captura das criaturas, tudo foi apresentado ao ufólogo, que mantém até hoje total sigilo de nomes, cargos e cidades onde as informações foram tomando consistência.

Testemunhas do caso ET de Varginha

No dia 20 de janeiro de 1996, por volta das 15h30, Kátia Andrade Xavier e as irmãs Liliane Silva e Valquíria Silva, avistaram o que seria a figura do segundo extraterrestre no centro urbano de Varginha, que fica a 25 km de Três corações. 

(Foto: Reprodução/TV Globo)

“Assisti o vídeo”: Militares permitiram ufólogo ver as imagens do ET 

Somente em 2012, Pacaccini conseguiu assistir (por cinco vezes) as filmagens do corpo de uma das criaturas capturadas, após convite de integrantes do exército, em um vídeo de 35 segundos, sendo que a descrição do que viu, vai de encontro com os relatos das três meninas que presenciaram um desses seres.

(Foto: Reprodução/Comando da Madrugada)

O relato das três, segundo o pesquisador, também vai de encontro com o testemunho dos militares que capturaram as criaturas, e que lhe concederam depoimento gravado em vídeo, que se mantém sigiloso até hoje. Não lhe foi permitida a entrega de uma cópia do vídeo, apenas assistir em um local secreto que foi previamente combinado entre as partes.

“Muito chocante [o vídeo com o ET], vale a história da minha vida”

Tanta demora valeu a pela, disse o estudioso, pois o exército, por diversas vezes, negou a existência do fato, inclusive com um Inquérito Policial Militar refutando os fatos. Mesmo assim, o ufólogo continuou por anos levando sua pesquisa à mídia nacional e internacional.

(Foto: Arquivo)

“Fui ameaçado de morte”

Pacaccini explicou que sua pesquisa consumiu centenas de horas, dedicação absoluta, e que acabou interferindo drasticamente em sua vida pessoal, seu trabalho como engenheiro industrial, e também a segurança dele e de sua família. Somente em Varginha, ele acabou morando por cerca de dois anos, exclusivamente por conta das investigações, retornando a Três Corações, eventualmente, para visitar a mãe.

(Foto: CBN Vale)

Após a publicação do seu livro ‘Incidente em Varginha’, e após inúmeras informações prestadas por ele na mídia, o exército instaurou novo Inquérito Policial Militar, mas desta vez, para tentar descobrir quem de dentro da corporação estaria passando informações extremamente privilegiadas, já que o assunto Ovni é por eles considerado assunto de “Segurança Nacional”. Após receber intimação para prestar depoimento, Pacaccini passou cerca de 4 horas sendo questionado pelos militares sobre quem seria a fonte de informações tão precisas e secretas, alegando que o estudioso havia “ofendido a pátria” ao revelar tais informações.

“Fui ameaçado de morte, em tentativa de assassinato na estrada e tive meus telefones grampeados”

Diante de tanta tensão, o ufólogo foi orientado por advogados e familiares, a se manter distante dos holofotes por um bom tempo, se mudando do sul de Minas Gerais para viverem em outra localidade, levando em consideração, principalmente, de que ele e sua equipe já tinham divulgado um conjunto considerável de informações, o que motivou a decisão de se afastar.

Pacaccini se manteve longe da mídia por 18 anos, tendo retornado apenas no ano passado, após receber o convite para acompanhar a inauguração, em Varginha, do maior e mais estruturado Museu de Ufologia de toda a América Latina, o Memorial do ET, mas que em sua opinião, é ainda o maior do mundo, e que foi construído graças à contribuição do estudioso e sua equipe.

EUA “possuem acordo” mundial sobre UFO

De acordo com o ufógolo, os Estados Unidos possuem acordos com diversos países do mundo em diversas frentes, e o tema Ovni é um desses acordos. Pacaccini afirmou que, da mesma forma que a Nasa, capturou os filmes negativos do jornal Valeparaibano, em São José dos Campos, a ação estadunidense também teve impacto no caso Varginha.

Com a possibilidade de captura de naves espaciais, seria possível o desenvolvimento de novos equipamentos, sistemas de propulsão, estruturas metálicas resistentes, comunicação, tudo baseado em tecnologia alienígena. A própria nave que caiu em Varginha, segundo o pesquisador, teria sido atingida pelas forças armadas dos EUA, ao sobrevoar o espaço aéreo norte-americano, vindo a perder altitude em seu deslocamento até o hemisfério sul. O exército americano, por conta dos acordos com as demais nações, teriam acompanhado o deslocamento da nave, pressupondo que ela cairia em território brasileiro.

Isso seria uma prova da prontidão das forças armadas do Brasil terem se deslocado com tanta rapidez e eficiência para Varginha, após surgirem os primeiros relatos de aparições das criaturas. Após a captura dos alienígenas, os militares, teriam levado os corpos para a ESA, em uma operação muito bem planejada.

Um comboio do exército teria sido designado para levar os corpos dos alienígenas para a UNICAMP, em Campinas, para passarem por autópsia, com o Dr. Fortunado Badan Palhares, algo que ele sempre negou.

Um avião proveniente dos Estados Unidos já havia pousado no aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, com o objetivo de recolher os corpos das criaturas, segundo Pacaccini, o que seria mais uma prova desse acordo entre as nações sobre aparições e capturas e extraterrestres, o que acabou se concretizando, após as últimas análises feitas em solo brasileiro com a tecnologia que existia na época. Na opinião do ufólogo, o Brasil seria recompensado com o investimento americano em tecnologia, o que envolveria também um convênio para a melhoria do armamento bélico nacional, como a modernização de seus aviões caças – F5, que possuíam estruturas ainda da época da Guerra do Vietnã, encerrada em 1975, portanto, extremamente dafazados, além de radares, mísseis e até mesmo, no desenvolvimento de um possível submarino nuclear.

“Estou confirmando essa parceria dos militares americanos com os brasileiros”

Fatos recentes movimentam o caso Varginha

Pacaccini surpreendeu ao afirmar que há cerca de 30 dias, novas informações confirmam o aparecimento dos ETs, em Varginha. A segunda criatura avistada pelas três jovens, Kátia, Liliane e Valquíria, foi então capturada na noite de 20 de janeiro de 1996, por um grupo de militares. O soldado Marco Eli Chereze estava em um carro a paisana, vasculhando o perímetro do Jardim Andere, junto com o cabo Eric Lopes, que dirigia o veículo. Durante a patrulha, a criatura teria passado praticamente na frente do carro dos militares, sendo que Chereze imediatamente saiu do veículo e agarrou a criatura, levando-a presa para dentro do carro, um Fiat Premio.

O alienígena teria sido levado para o Hospital Regional de Varginha, que se recusou em receber a criatura alegando não ter uma ala médica adequada para o trato da estranha espécie, orientando os soldados a se dirigirem ao Hospital Humanitas, que seria melhor aparelhado. Durante capturar a criatura, Chereze foi arranhado por ela no braço, próximo à axila. Pacaccini diz que o arranhão acabou contaminando letalmente o soldado.

Chereze pouco tempo após a prisão do ET, começou a ficar com doente, com febre intensa que não cessava, nem com o uso dos antibióticos mais potentes utilizados pela medicina em 1996, e acabou falecendo aos 23 anos.

Em seu laudo médico, foi descrito “contaminação por substância tóxica não conhecida”, diz o pesquisador.

Pacaccini citou que o médico legista Dr. João Janini, que fez os exames sanguíneos do soldado Chereze, concedeu entrevista aos pesquisadores Marco Leal e João Marcelo, no último mês de maio, declarando que a substância que matou o militar “não existe em nosso planeta”, e que associa a morte do rapaz, à captura da criatura ocorrida após o contato direto das mãos do brasileiro com o corpo do extraterrestre, o que lhe provocou a contaminação, possivelmente por conta do arranhão recebido no braço.

Em um vídeo da entrevista que já circula na Internet, o Dr. Janini diz: “Eu fiz um relatório da autópsia do soldado.  Começa dizendo que foi enviado para mim fragmentos de peças, fígado, coração, pulmão, cérebro, e que foi enviado secreção, para estudo bacteriológico. Em conclusão, admitimos que Chereze possa ter sofrido pequena lesão superficial cutânea ao nível do membro superior”.

“No evento desde a lesão, foi inoculado a bactéria Estafilococo schleiferi, que, embora rara, estava provida de recursos bioquímicos na criação de sua defesa, mecanismos de resistência a antibióticos e de virulência, de agressividade, pelos mecanismos locais de necrose supurativa, disseminação da septicemia, disseminação pelo sangue, fechando o quadro de septicemia grave.”

“O meu diagnóstico foi, na época, simplesmente septicemia. Após o surgimento do debate sobre o alienígena, eu pensei: ‘Ora, se eu estou entendendo bem, esse alienígena trouxe a bactéria de fora. Então, os colegas ufólogos devem procurar também saber sobre o segundo personagem do evento. Tem o personagem ‘ET’ e tem o personagem ‘a bactéria da unha do ET.’”

Outro médico que presenciou fatos do caso, também veio a público em nova entrevista para a dupla Marco Leal e João Marcelo. O neurologista, Dr. Ítalo Venturelli, confirmou que viu um vídeo de um colega médico, que teria feito uma cirurgia e queria sua opinião sobre o procedimento realizado. Ao ver as imagens, Venturelli confirmou que era um “ser diferente”, mas que não tinha sido ainda informado da presença do ET no hospital.

O médico confirmou a descrição já relatada por todas as testemunhas ouvidas na aparição do ET de Varginha, em 1996.

Assista a entrevista na integra: