Dengue: Bairros da Zona Leste de São José dos Campos estão em risco de acordo com boletim

Dengue: Bairros da Zona Leste de São José dos Campos estão em risco de acordo com boletim
(Foto: Reprodução/PMSJC) Dengue: Bairros da Zona Leste Dengue: Bairros da Zona Leste Dengue: Bairros da Zona Leste

De acordo com a Prefeitura de São José dos Campos, a cidade está em alerta para os casos de Dengue na região. Até o momento a última ADL (Avaliação de Densidade Larvária), de Janeiro de 2023, resultou em 1,30, na média geral da cidade, que é considerado uma situação de alerta.

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Há ainda bairros que estão com mais de 3,90 de ADL, o que já é considerado risco. São os casos dos bairros: Jd. Americano, Campos de São José, Santa Cecília II, com 4,76. Número alto em relação aos referenciais. E os bairros: Cajuru, Vila Mariana I e II, Serrote, Santa Cecília I, Pousada do Vale, com 5,86. Todos estes da Zona Leste de São José dos Campos. As demais zonas seguem com índice satisfatório ou alerta (19 bairros).

Dengue: Bairros da Zona Leste de São José dos Campos estão em risco de acordo com boletim
(Foto: Marcelo Rocha/CBN Vale)

Nesta quinta-feira (02), o Gerente do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) da Prefeitura de São José dos Campos, Diego Amaral, esteve no jornal CBN Vale 1ª Edição. E nos explicou as ações e a atual situação do munícipio em relação a ADL, do mês de Janeiro. 

“No ano de 2021, tínhamos, 692 casos de Dengue, em 2022 nós tivemos um aumento não a nível municipal, mas sim a nível estadual, de 180% dos casos, fechamos com 1.693 casos de Dengue, uma alta muito grande. Em 2023, nós viemos de um cenário de alerta do ano anterior, começamos com a tendência de aumento, mas, também a nível estadual, não somente em nossa cidade. Atualmente nós temos 133 casos de Dengue no município, esse número em um mesmo período, mas no ano de 2022, era de 65 casos, ou seja, um aumento de mais de 100%. Temos algumas concentrações de casos, em alguns bairros. Como: Pinheirinho dos Palmares, região sudeste, Santana e altos de Santana, região norte da cidade, onde acontecem de forma intensificada ações do centro de controle de zoonose.”

A Prefeitura iniciou no dia 08 de fevereiro a Operação Casa Limpa para combate e controle ao mosquito Aedes aegypti. A ação aconteceu nos bairros Parque Novo Horizonte, Jardim Cerejeiras, Residencial Dom Bosco e Nova Michigan 2, 3 e 4, na região leste. A previsão é que sejam visitados 5.400 imóveis, divididos em 112 quadras.

O objetivo da ação é de sensibilizar a população e recolher o maior número possível de materiais inservíveis e diminuir a disponibilidade de criadouros para o mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya.

Diego Amaral, reforça que a ADL (Avaliação de Densidade Larvária) é realizada em imóveis que o morador autoriza a entrada dos agentes da prefeitura, para orientar e realizar o trabalho. E que o munícipe muitas vezes confunde ao pensar em que somente locais abandonados ou em locais que a prefeitura não realizou a ação nas residências ou terrenos baldios, que o foco e a proliferação do mosquito aedes aegypti acontece. 

“A ADL, “dar alta” de: 1,3, significa que, eu consigo adentrar na casa do munícipe e ao realizar a vistoria eu estou encontrando larvas de aedes aegypti em criadouros. Eu (prefeitura) encontro larvas em casas que tenho acesso. A gente sempre frisa para a população fazer a parte dela, de vistoriar o próprio quintal, o que leva em média 15 minutos.”

Para Diego, a pandemia da Covid-19, foi um fator complicador para o aumento da proliferação da Dengue. O gerente do CCZ explica que:

“Muitas pessoas não procuraram o serviço de saúde municipal durante este período por medo da pandemia, portanto, se uma pessoa que tem dengue, não procura o setor de saúde da cidade, isso impede que qualquer ação de controle da prefeitura seja realizado. As pessoas não procurarem o serviço de saúde, impediu durante 2 anos, por conta da pandemia da covid-19, em que muita “fake news” foram criadas em torno da saúde […] e muitas pessoas passaram a evitar setores competentes da suas cidades. O que resultou em uma subnotificação que favoreceu a circulação viral (dengue) maior. […] No ano de 2022 tivemos um recorde nacional, houve 1.000 óbitos pela doença, um número maior que a pandemia (dengue) de 2015.”

Segundo o responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses, em 2022, São José dos Campos não registrou nenhum óbito pela doença.

Assista a entrevista completa de Diego Amaral, Gerente do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de São José dos Campos.