Cresce ocupação de leitos de UTI nos hospitais de SP, avalia pesquisa do SindHosp

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(Foto: Claudio Vieira/PMSJC)

Após o período de festas de fim de ano, a ocupação de leitos de UTI nos hospitais privados do Estado de São Paulo voltou a crescer. Segundo pesquisa do SindHosp (Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo), mais de 80% dos hospitais de SP estão com ocupação de 40% dos leitos de UTI com pacientes Covid-19.

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Essa é a maior pesquisa do setor, com 81 hospitais privados respondentes no estado, sendo 21% da capital e 79% do interior, mostra que a Covid-19 está levando pacientes de volta às UTIs.

Segundo o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, a tendência de queda nas internações de UTI observada desde outubro do ano passado teve uma reversão logo após o período das festas de fim de ano.

Ocupação dos leitos

No entanto, ele informa que é preciso considerar também que houve diminuição de leitos disponibilizados para Covid desde o final do ano passado quando as internações em UTI caíram drasticamente. Hoje estima-se que em média os hospitais estão disponibilizando de 10% a 15% dos leitos de UTI para Covid. Lembrando que no auge da pandemia ano passado, os hospitais destinavam de 40% a 50% dos leitos de UTI para a doença.

Problemas enfrentados pelos hospitais

Dr. Balestrin falou ainda dos principais problemas enfrentados pelos hospitais. Segundo a pesquisa, 38% das unidades de saúde responderam que o maior problema no atendimento a pacientes Covid-19 e de síndrome gripal é por conta do afastamento de funcionários acometidos pelas doenças e 24% informaram que o maior desafio é o aumento da demanda maior que a capacidade de atendimento nos pronto- socorros.

Além disso, a falta de testes de Covid-19 e influenza também é um dos problemas enfrentados pelos hospitais, com 88% deles com dificuldades na reposição de testes.

Pandemia

Dr. Balestrin falou ainda que as autoridades, que deveriam estar coordenando e centralizando as decisões da pandemia, fazem de uma maneira muito caótica e contraditória em relação a tudo que a ciência e os profissionais de saúde pensam. Para o médico, a discussão sobre a vacina é pavorosa, já que é comprovado que o imunizante é eficaz. Disse ainda, que a negação da vacina está vinculada ao aumento de contaminações e mortes pela doença.

Ouça a matéria de Julia Lopes:

 

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