O diretor-executivo da SAF do São José EC, Bruno Cazarine, comentou em entrevista ao programa CBN Vale Esportes desta terça-feira (19) os detalhes da concessão do estádio Martins Pereira, que agora faz parte do Grupo Oscar.
Na última sexta-feira (15), houve a sessão pública de concessão do estádio joseense, vencida pela empresa ‘Gros Participações’, que foi criada no ano passado e é a empresa que comanda a SAF do São José Esporte Clube. Além da Gros, outras duas empresas, que não são de São José dos Campos, participaram da sessão pública.
Antes de assinar o contrato da concessão, que durará um prazo de 25 anos, prorrogáveis por mais 10, haverá uma análise contratual entre a Urbam e a Gros. Não foi divulgada uma data de quando a empresa do Grupo Oscar irá assumir de vez a administração do estádio.
Para Bruno, a concessão do Martins Pereira foi um passo importante para o projeto do São José Esporte Clube e, que há muitas pessoas interessadas em participar desse projeto de renovação do estádio Martins Pereira.
Sobre a utilização do espaço por outras equipes da cidade, como o Atlético Joseense, por exemplo, Bruno afirmou conversará com os responsáveis sobre isso e olhar o ponto de vista do estádio, tentando fazer com que ‘o equipamento e a estrutura se torne viável’.
Reformas previstas
Segundo o diretor, o primeiro passo foi ter vencido a concessão para obter ‘tranquilidade’ para avaliar as melhores alternativas de investimentos no estádio. Segundo ele, o edital diz que não existe a obrigatoriedade de investimentos, mas que propões algumas manutenções nas cadeiras, no gramado, no placar eletrônico e também na iluminação.
Já outros investimentos, como obras estruturais, aumento de capacidade e a criação de camarotes, estão sendo discutido, mas de forma preliminar. Segundo o diretor, esse primeiro momento será para analisar as possibilidades e os potenciais comerciais que o Martins Pereira possa oferecer.
“Com a concessão em mãos, nós vamos olhar todas as possibilidades e os potenciais comerciais que o Martins Pereira possa oferecer, seja através do futebol ou de eventos. Após isso, nós vamos definir essas questões de investimentos, porque agora o momento é de tranquilidade e de avaliar as melhores alternativas”.
Bruno ressaltou que considera as instalações do Martins Pereira boas, quando comparada a alguns estádios do interior de São Paulo, mas afirmou que o Martins Pereira precisa ser uma arena multiúso, porque apenas com jogos de futebol ‘não fecha a conta’.
Gramado sintético no Martins Pereira
Com a concessão, a instalação de um gramado sintético no Martins Pereira entra em discussão devido a possiblidade do estádio receber shows e eventos com a nova concessão.
Sobre isso, Bruno afirmou que estudos e orçamentos estão sendo feitos, mas que existe três possibilidades para o gramado: uma troca total, uma melhoria ou a implantação do gramado sintético. Porém, o diretor afirmou ser necessário estudar essa decisão, porque a mudança visa também a Série A-2 do próximo ano.
“Essa troca não seria para esse primeiro momento, porque precisamos avaliar as possibilidades. Possa ser necessária a troca total do gramado, uma melhoria ou até mesmo a implantação do gramado sintético. São essas três alternativas que estão na mesa e a gente vai avaliar, mas com certeza teremos um campo melhor para jogar na A-2, esse é o objetivo, agora qual será o tipo do gramado, a gente vai avaliar”.
A reforma do gramado irá acontecer na segunda metade de outubro, caso o São José EC chegue até as finais da Copa Paulista. A ideia é pausar o campo para fazer a troca, já que ‘outubro para janeiro passa muito rápido’, segundo Bruno.
Devido a essa questão do gramado e sobre a concessão do Martins Pereira, São José dos Campos não sediará a Copa São Paulo de Futebol Junior do próximo ano. Será o segundo ano consecutivo sem a edição do torneio de base na cidade da região.
“Não teremos a Copinha e o estádio foi o principal fator para isso, porque a gente não sabia qual seria o resultado da concessão. Como vencemos, a gente precisaria fazer alguma mudança no gramado e o tempo corre contra a gente, porque a competição começa em janeiro”.