Pessoal do agronegócio
Em um depoimento à Polícia Federal (PF), o tenente-coronel Mauro Cid revelou detalhes de um plano para matar autoridades, afirmando que o dinheiro utilizado para financiar a operação foi entregue pelo General Walter Braga Netto em uma caixa de vinho. Segundo Cid, o valor foi obtido junto ao “pessoal do agronegócio” e entregue em uma reunião no Palácio do Planalto ou na residência oficial da Alvorada. O depoimento de Cid ajudou a embasar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão de Braga Netto neste sábado (14).
O depoimento de Mauro Cid revelou que, durante uma reunião com o general Braga Netto, o dinheiro para a execução do plano foi entregue em uma caixa de vinho. Cid afirmou que o valor foi solicitado para financiar a operação golpista, que visava desestabilizar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, recém-eleito. O dinheiro teria sido levantado com o apoio de pessoas do agronegócio, de acordo com o relato do ex-ajudante de ordens.
Financiamento e articulação golpista
As investigações da Polícia Federal indicam que o dinheiro arrecadado foi destinado à execução de um plano golpista, que incluía o financiamento de manifestantes para impedir a posse de Lula. A operação envolvia figuras chave, como o major Rafael Martins de Oliveira, preso em fevereiro. O valor de R$ 100 mil foi acordado em uma reunião na casa de Braga Netto, em Brasília, em novembro de 2022.
Tentativa de obstrução das investigações
A prisão de Braga Netto foi determinada pelo STF após a Polícia Federal confirmar sua participação no financiamento do plano golpista. O ex-ministro é acusado de ser o principal elo de financiamento para as ações que visavam capturar o ministro Alexandre de Moraes. Além disso, a PF investiga tentativas de obstrução das investigações, com ações que incluíam a busca de informações sobre o acordo de colaboração de Mauro Cid. Os investigadores também estão focados em identificar as conexões entre os envolvidos e garantir que a trama golpista seja completamente desmantelada.
Defesa de Braga Netto – Pessoal do agronegócio
Braga Netto nega as acusações e afirma que nunca esteve envolvido em um golpe ou plano de assassinato. Ele insiste que sempre atuou de forma ética e dentro dos limites constitucionais. A defesa do ex-ministro também destaca que ele sempre procurou soluções legais e constitucionais para as questões políticas do país.