Aumento de R$ 0,41 na gasolina e R$ 0,78 no diesel entra em vigor nesta quarta-feira (16)

Reservatórios de combustíveis da transpetro, em Brasília.
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)                                        entra em vigor

Entrou em vigor na madrugada desta quarta-feira (16), o aumento de R$ 0,41 no preço do litro da gasolina e de R$ 0,78 no valor do diesel nas distribuidoras. O reajuste foi anunciado nesta terça-feira (15) pela Petrobras. É a primeira vez que a estatal encarece os combustíveis na gestão do presidente da estatal, Jean Paul Prates (PT), que assumiu a presidência da empresa, no fim de janeiro.

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Com o aumento, o preço médio do litro da gasolina nas distribuidoras passa a ser de R$ 2,93 – alta de 16,3%. No caso do diesel, o aumento é de quase 26% e o preço médio do litro sobe para R$ 3,80.

Em nota, a Petrobras elgou que o reajuste foi necessário por causa do forte avanço do preço internacional do petróleo e da disparada do dólar. Apesar do aumento, os combustíveis no Brasil continuam abaixo das cotações internacionais, de acordo com dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

A gasolina vendida pela Petrobras ainda está R$ 0,81 por litro mais barata em relaçao ao cenário internacional. O litro do diesel comercializado pela estatal está R$ 0,39 abaixo do que é vendido no exterior. Em maio a Petrobras anunciou o fim da política de paridade de importação, que reajustava os preços dos combustíveis com base na cotação do dólar e do petróleo no exterior, e a adoção de uma nova política de preços que também leva em conta custos internos de produção.

Em entrevista à Globo News, o presidente da estatal, Jean Paul Prates disse que a nova política de preços ajudou a combater a volatilidade nos valores dos combustíveis, e justificou o aumento da gasolina e do diesel.

“A política de preços está sendo suficiente, já ajudou muito a combater a volatilidade, tanto o Brent quanto o diesel estão variando muito desde junho pra cá, principalmente nas últimas semanas. Tem sido umas variações diárias de 2% a 3%. Nós seguramos essa volatilidade, não o preço necessariamente, agora nos atingimos uma coisa que não é necessariamente volatilidade apenas. Nós chegamos a um patamar diferente e tivemos que fazer um ajuste pra chegar no valor marginal de novo, aquele em que a gente não sai da mesma, porque não vende. Então a gente fez um ajuste justo, eu acho que passou no teste a política porque muitas pessoas eram céticas em relação à, enquanto está baixando tudo bem, mas quando subir, será que a Petrobras vai fazer um ajuste necessário, será que ela vai perder dinheiro? Não fizemos isso. Não estamos perdendo dinheiro, absolutamente. Perderíamos se talvez não fizéssemos ajustes até o fim dessa semana, por exemplo”.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates afirmou também que o presidente Lula não interferiu na política de reajuste de preço dos combustíveis.

“Em momento algum o presidente Lula nos instou, ou sugeriu fazer qualquer movimentação de preço, pra cima, pra baixo, pra manter, pra dar mais tempo, pra menos tempo. O mandato da presidência da Petrobras, quando o presidente Lula me chamou, foi um mandato de confiança absoluta, no sentido do seguinte: você sabe o que fazer lá, vá lá e faça.”