Dois homens de 33 e 44 anos foram presos na tarde da última quarta-feira (4) durante uma operação em um centro de tratamento e assistência para dependentes químicos no bairro Jardim Boa Vista, em Pindamonhangaba. Eles responderão pelo crime de tortura contra cerca de 46 internos do local. Um dos internos era o ator Sérgio Hondjakoff, o ‘Cabeção’ de Malhação.
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A CBN Vale apurou com a Polícia Civil que o ator estava internado na clínica, localizada na Estrada Municipal Graminha, há mais de três meses. No entanto, Sergio divulgou em suas redes sociais um vídeo classificando a história como um ‘boato’, e que estaria no município de Resende (RJ) junto de sua família.
Apesar do vídeo gravado e publicado no perfil do ator, a Polícia Civil informou a reportagem da CBN Vale que Sergio esteve na delegacia e prestou depoimento a respeito do caso. A clínica já vinha sendo investigada após informações do Ministério Público a respeito de crimes que estariam acontecendo contra dependentes químicos. Além disso, segundo o MP, a clínica teria descumprido um termo de Ajuste de Conduta firmado com o órgão.
Em diligência, cerca de 46 pessoas foram encontradas trancadas em seus quartos. A grande maioria estava internada há mais de 90 dias. Além disso, foi constatado que os internos não tinham alimentação adequada e suas ligações para familiares eram vigiadas para não poderem falar sobre a situação a qual estavam sendo submetidos. Além disso, haviam medicamentos que exigiam receitas médicas e estavam alocados de maneira errada.
Antes do flagrante, o estabelecimento dizia que não havia pacientes internados nessas condições. Os internos relataram ainda que a clínica teria cobrado taxa para que fossem vacinados contra a Covid-19. Em oitiva realizada pela Polícia Civil, eles disseram que durante o dia eram agredidos fisicamente e moralmente pelos monitores.
Ainda segundo o Ministério Público, a Vigilância Sanitária interditou o local de forma temporária e boa parte dos internos estão sendo liberados para retornarem as suas casas, muitos inclusive de outros estados. O caso foi registrado como sequestro e cárcere privado e constrangimento ilegal no 1ºDP de Pindamonhangaba e segue em investigação em inquérito policial.
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