Árbitro de rugby de São José que vazou fotos íntimas de atletas, é reincidente

Árbitro de rugby de São José, que segundo confederação, é reincidente na prática de vazamento de fotos íntimas de jogadoras
(Foto: Divulgação/CBRu) árbitro de rugby

O árbitro de rugby Cauã Ricardo Santos, de São José dos Campos, suspenso pela CBRu (Confederação Brasileira de Rugby), por ter compartilhado fotos íntimas de jogadoras da modalidade em conversas privadas em um aplicativo de mensagens, é reincidente.

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A informação foi confirmada pela própria CBRu em nota oficial, que informou que a entidade recebeu em fevereiro, denúncia contra o profissional por motivo semelhante ao ocorrido recentemente. Cauã teria na ocasião, compartilhado imagens íntimas de jogadoras de rugby em conversas privadas de WhatsApp, o que lhe rendeu uma punição de 30 dias de afastamento.

Após receber novas denúncias de compartilhamento de fotos íntimas, a Confederação decidiu em 22 de junho, afastar novamente o árbitro de todas as competições femininas organizadas pela entidade até o final de 2022. No entanto, ele segue habilitado para apitar jogos do rugby masculino.

A suspensão do árbitro foi divulgada primeiramente pelo Portal Uol, neste sábado (20), que conversou com Cauã. Segundo a reportagem, o joseense confirmou o compartilhamento das imagens e disse estar arrependido e abalado com a repercussão do caso. 

Nota oficial da CBRu (Confederação Brasileira de Rúgbi)

Em fevereiro deste ano, a CBRu recebeu a denúncia de que um árbitro divulgou, em conversas privadas de WhatsApp, imagens íntimas de membras da comunidade de rugby. A análise do caso seguiu o procedimento padrão adotado pela CBRu em episódios de denúncia e em linha com o que preveem o Estatuto Social e o Código de Ética e Conduta da Entidade: uma Ouvidoria Externa e Independente apura o caso e envia um parecer diretamente para o Presidente do Conselho de Administração, objetivando garantir a imparcialidade do processo e evitar que haja influência indevida de outras pessoas da entidade.

Preliminarmente, foi aplicada uma penalidade ao árbitro com a suspensão por 30 dias de suas atividades, previstas no escopo de sua atuação dentro da Confederação, não sendo remunerado durante este período. Esta punição foi ratificada pelo Conselho de Administração da entidade.

Com relação ao período da punição, adotou-se analogamente e como balizador para fins da integridade das decisões institucionais, o disposto nas Leis Trabalhistas, nas quais é prevista uma limitação de prazo de suspensão de no máximo 30 dias. Cumprida a punição estabelecida, o árbitro esteve habilitado para exercer suas atividades. Motivada pela repercussão do assunto, a CBRu decidiu posteriormente, em 22 de junho, afastar o árbitro de todas as competições femininas organizadas pela entidade até o final de 2022.

A CBRu reitera que o procedimento adotado neste episódio está em consonância com o previsto em seu Estatuto e seu Código de Ética. No transcorrer deste ano, o Código de Ética foi atualizado, passando a prever a existência de um Conselho de Ética que analisará os casos. Além disso, a entidade instituiu um grupo de trabalho para promover a Diversidade e Desenvolvimento de Ações da Mulher no Esporte. Existindo evidências sobre este e outros casos, a CBRu encoraja que as denúncias sejam realizadas, via Ouvidoria, para que a entidade possa tomar as providências que estiverem em sua alçada. A publicação de informações pela CBRu, em suas plataformas, segue uma dinâmica pré-estabelecida conforme a estratégia de comunicação da entidade. A CBRu está à disposição da imprensa e de integrantes da comunidade do rugby para esclarecer o episódio e como ele está sendo apurado.”