Após suspensão, pesquisadores envolvidos no Amazônia 1 receberão custeio de bolsas PCI

(Foto: Inpe)

A Agência Espacial Brasileira (AEB) será responsável por custear a bolsa de sete pesquisadores contemplados pelo Programa de Capacitação Institucional (PCI), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e que trabalham diretamente no lançamento do Amazônia 1 – primeiro satélite de observação da Terra projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil. 

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O anúncio veio em um momento considerado ‘oportuno’, já que o lançamento do satélite está previsto para acontecer na madrugada de 28 de fevereiro, um domingo, à 1h54, no horário de Brasilia. No entanto, outros 100 pesquisadores ainda não tiveram as bolsas reativadas, comprometendo assim os trabalhos nas áreas de monitoramento de desastres naturais e previsão do tempo. 

Na última semana, o Inpe chegou a anunciar a suspensão dos trabalhos de 107 pesquisadores, incluindo os envolvidos no lançamento do Amazonia 1, alegando falta de recursos orçamentários para manter o pagamento regular das bolsas PCI. Segundo o instituto, são necessários R$ 4 milhões para o pagamento das bolsas, e que a direção se mobiliza para tentar obter o recurso junto ao Ministério. 

Alarmismo

Em um vídeo publicado no canal oficial do Inpe no YouTube, o diretor da instituição, Clézio Marcos de Nardin, disse que o problema das bolsas PCI é recorrente e não é novo. Segundo Clézio, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) está empenhado na resolução dos problemas do programa e que já teve, quando doutorando, sua bolsa atrasada, mas que o caso teria sido solucionado em seguida. 

Bolsas essenciais

Em nota, tanto o Inpe quanto o MCTI consideraram essencial a manutenção das bolsas, e disseram que estão trabalhando para preservar todas as atividades sem descontinuidade ou efeitos observáveis para os bolsistas junto ao CNPq, e afirmaram que as bolsas “vinculadas ao satélite Amazonia 1 já estão resolvidas”.

Acionado pela CBN Vale, o Sindicato dos Servidores Públicos Federais na Área de Ciência e Tecnologia do Setor Aeroespacial (SindCT) afirmou que a prorrogação das bolsas é temporária e espera que este prolongamento seja por um tempo maior, não se restringindo a um curto período de tempo. 

Ouça a reportagem clicando no player de áudio abaixo:

 

(Foto: Divulgação/Inpe)