Caso Marco Aurélio: Polícia inicia escavação em casa onde escoteiro possa estar enterrado desde 1985

(Foto: Reprodução/Facebook Ivo Simon)

Após a realização das primeiras diligências para investigar o caso do desaparecimento do escoteiro Marco Aurélio Simon, em 1985, a Polícia Civil de Piquete iniciou na manhã desta quinta-feira (29) a escavação em um imóvel localizado na base do Pico dos Marins onde há suspeita de que o adolescente, na época com 15 anos, esteja enterrado.

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A escavação acontece desde 9h no piso da casa onde residia o antigo proprietário, Afonso Xavier, falecido em 1997, por seis peritos da Polícia Científica, cães farejadores e conta também com apoio de máquinas da Prefeitura de Piquete. A filha de Afonso, residente em Minas Gerais, foi ouvida pelo delegado responsável do caso, Dr. Fábio Cabett, e levantou a hipótese de que Marco Aurelio poderia estar enterrado na casa em questão.

O irmão do escoeiro, Marco Antonio Simon, disse que não acredita nessa possibilidade, mas entende que como família precisa estar preparado para tudo, principalmente pelo fato de, há 36 anos, não haver nenhum indício concreto a respeito do desaparecimento de Marco Aurelio. (ouça a reportagem clicando no player de áudio abaixo)

(Foto: Arquivo Pessoal/Ivo Simon)

A residência onde acontecem os trabalhos contou com monitoramento de um georadar, cujo objetivo é detectar objetos e estruturas sob o solo. A área que será escavada contou com um alerta do equipamento, no entanto, tudo é inconclusivo. Uma segunda área, que fica próximo da casa, mas já na região de mata, também será escavada, em data ainda a ser definida pelas autoridades policiais.

Histórico

O escoteiro Marco Aurélio Simon desapareceu no dia 8 de junho de 1985, durante acampamento no Pico dos Marins. O menino, na época tinha 15 anos e estava com três amigos e o líder dos escoteiros. Durante uma trilha no local, um dos adolescentes torceu o pé e o líder autorizou que Marco Aurélio voltasse sozinho para buscar ajuda no acampamento. Desde então, o escoteiro nunca mais foi visto.

Foram 30 dias de buscas com mais de 300 pessoas vasculhando as redondezas. Até hoje, nenhuma pista do escoteiro foi encontrada. Todo tipo de ajuda foi utilizada como: equipes da Polícia Militar, soldados, bombeiros, alpinistas, guias, voluntários, cães farejadores e helicópteros. Foram chamados até mesmo sensitivos e videntes para ajudar, mas nenhuma pista foi encontrada.

Após 36 anos, a investigação do caso do desaparecimento de Marco Aurélio Simon, no Pico dos Marins, foi reaberto pela Polícia Civil de Piquete. Há ainda uma segunda linha de investigação: a de que Marco Aurélio esteja vivo. Há relatos de pessoas que dizem ter visto um morador de rua em Taubaté, com os mesmos traços do rapaz.

Ouça a reportagem de Emerson Tersigni:

 

(Foto: Arquivo Pessoal/Ivo Simon)